CNC pede prioridade para leilões de opções de venda de café

16 de outubro de 2008 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: 15/10 - 18:06 - Agência Estado

São Paulo, 15 – O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, informou que o setor produtivo apresentou ontem em Brasília, durante audiência com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, propostas de políticas que possam amenizar os efeitos da crise financeira na cadeia produtiva do café. Uma das medidas sugeridas é a realização de leilões de opção de venda ao governo.


Perguntado se os leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) não seriam mais prioridade do setor, Ximenes informou que “também são importantes (leilões de Pepro). Mas o governo diz que o assunto está em estudo”. “A prioridade agora são as opções”, acrescentou.


A opção de venda dá ao cafeicultor o direito, mas não a obrigação, de vender a produção ao governo, numa data futura, a um preço previamente fixado. Se até a data de vencimento o mercado não pagar um preço melhor do que o fixado no contrato, o cafeicultor poderá exercer a opção de venda ao governo.


O lançamento de contratos de opção de venda iriam ao encontro a uma outra reivindicação do CNC, que é a formação de estoque estratégico pelo governo, “em um nível razoável de cerca de 8 milhões de sacas de 60 quilos”, segundo Ximenes. Atualmente, o estoque de café do governo é praticamente zero.


Ximenes comentou, ainda, que o setor defende a revisão e aplicação de preço mínimo de garantia para café. Outra questão tratada na reunião com o ministro é a falta de agilidade dos bancos na liberação de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). “A liberação tem demorado um pouco”, afirmou. Ele salientou que tem faltado crédito nos bancos para Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC). “Sem esses recursos o exportador não compra café”, disse.


Preocupação


Durante o encontro com o ministro, o setor produtivo avaliou que a crise internacional é preocupante. “O dólar disparou e os preços internacionais do café despencaram”, observou Ximenes. Os preços dos insumos subiram e puxam o custo de produção da cafeicultura. Segundo Ximenes, Stephanes mostrou-se atento e disse que as propostas serão avaliadas por sua equipe técnica.


Participaram da reunião, o deputado Carlos Melles (DEM-MG), o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marcio Lopes de Freitas, o cafeicultor João Abrão, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entre outros.

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