CMN dá benefícios a produtores rurais

Por: O GLOBO

CNI teme desindustrialização e setor corta 3. 0 vagas em maio em SP


Geralda Doca e Eliane Oliveira


BRASÍLIA. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem medidas para o novo plano safra (2009/2010) que vão beneficiar produtores rurais de porte médio e cooperativas agropecuárias. Donos de propriedades com até 1. 0 hectares poderão se beneficiar do Proger Rural, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e taxas de juros mais baixas. A renda bruta para enquadramento nessa modalidade subirá de R$ 2 mil para R$ 0 mil e o limite de endividamento passará de R$ 1 mil para R$ 200 mil.


Na reunião, o CMN aprovou ainda a elevação dos preços mínimos para a comercialização da nova safra – que terá recursos da ordem de R$ 108 bilhões. A estimativa é que os subsídios alcancem R$ bilhões. O plano será anunciado segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Londrina (PR).


– Mais 25 mil agricultores poderão acessar os benefícios do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) – afirmou o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Daniel Maia.


As cooperativas também ganharão uma linha de capitalização no valor de R$ 2 bilhões. Na próxima safra, a agricultura familiar poderá contar com R$ 15 bilhões, além da ampliação do seguro-investimento.


No setor industrial, empresários pediram ao governo ontem medidas de estímulo à produção de bens de capital e a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, eletrodomésticos da linha branca e materiais da construção civil. As reivindicações foram apresentadas na reunião do Grupo de Acompanhamento da Crise (CAG), coordenada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, afirmou que há o risco de uma “desindustrialização” no país.


– O discurso otimista do governo de que a crise acabou é irrealista – disse Monteiro.


Ontem, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) informou que houve uma queda de 0,69% no emprego industrial paulista em maio, frente a abril, já com ajuste sazonal. Este recuo equivale ao fechamento de 3. 0 vagas.

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