CAFETERIA – Lojas de bebidas estão otimistas com as vendas do Dia dos Pais

Data é tão positiva para o setor que só perde para o Natal e Páscoa.

A baixa temperatura e o Dia dos Pais trazem expectativa positiva para importadores e comerciantes de vinhos. Como os homens são mais difíceisPaulo Pampolin/HypeA Casa Valduga acaba de lançar o Brandy XV para aproveitar a data. de agradar, uma bebida charmosa e que ajuda a aquecer é garantia de sorriso no rosto dos pais.

A sócia-diretora da Pizzato Vinhas e Vinhos, de Bento Gonçalves, Jane Pizzato, afirma que a data é a terceira mais importante no calendário da empresa – só perde para Natal e Páscoa. “As compras do comércio começarão a ser feitas no próximo final de semana. Agosto é um mês com 31 dias, sem feriados – e o Dia dos Pais só favorece esse cenário”, diz Jane. Segundo ela, as vendas devem aumentar entre 25% e 30% neste Dia dos Pais, em comparação à comemoração do ano passado. “O vinho tinto é o mais apreciado.”

A Casa Valduga preparou alguns lançamentos que vão agradar pais e filhos. O Brandy XV é o artigo de luxo da empresa, com envelhecimento de 15 anos em barrica de carvalho. Outra novidade é a grappa em spray, para os que curtem a gastronomia. “Os pais que gostam de cozinhar poderão borrifar o produto nas carnes e saladas, ou no café. A Grappa Gourmet Chardonnay Casa Valduga potencializa e valoriza os aromas e sabores originais dos alimentos. Nos pratos quentes, a volatilização do álcool é instantânea – permanece apenas o delicado aroma da grappa”, diz a diretora comercial da empresa gaúcha, Juciane Casagrande.

Ela destaca também o vinho lançado em homenagem aos 50 anos da morte do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, de coloração rubi brilhante, com notas de baunilha, café e chocolate. De acordo com Juciane, as vendas, neste Dia dos Pais, devem ser 15% maiores do que as registradas em 2008.

Varejo – No comércio, a expectativa positiva também predomina, apesar da crise na economia. Na Casa Godinho, que existe há 120 anos no centro de São Paulo, as bebidas vão de R$ 12,95 a R$ 465.

 O mais caro é um vinho espanhol. As vendas, prevê o gerente comercial José Roberto Piovani, terão alta de até 15% em agosto, em relação a igual mês do ano passado. “Nem a lei seca vai atrapalhar os negócios. Quase 100% dos clientes compram as bebidas para degustar em casa.”

Para o gerente da adega do Rei do Bacalhau, no Mercado Municipal de São Paulo, Alex Santos, a crise financeira vai provocar uma desaceleração nas vendas – mas a alta vai ocorrer. “Os vinhos mais apreciados são os chilenos, portugueses e italianos, nessa ordem. Os preços vão de R$ 25 a R$ 100. Os descontos definidos para o Dia dos Pais são de 15%. Com isso, a alta nas vendas poderá ser de até 15% – se não fosse a Paulo Pampolin/HypePara Santos, gerente da adega do Rei do Bacalhau do Mercadão, vendas aumentarão em ritmo menor.turbulência na economia, o índice chegaria a 20%”, afirma Santos.

Na Total Vinhos, os preferidos, entre os importados, são os chilenos, franceses, italianos e espanhóis. “Dar um vinho de presente faz parte da cultura do brasileiro. Os preços vão de R$ 23 a R$ 3 mil”, diz o proprietário da empresa, Aidan Nunes.

Ele espera uma alta nas vendas de 20% –  mas, se não fosse a crise financeira, o índice poderia chegar a 35%. “Do total de pagamentos, 95% são feitos com cartão de crédito ou de débito – e a maioria prefere parcelar em até três vezes sem juros.”

Os chocolates – com recheios de uísque, licor, champanhe, rum e conhaque – também fazem a alegria do Dia dos Pais. “São chocolates com uma cara mais masculina, já que têm bebida alcoólica. A expectativa é de que as vendas cresçam 30%”, diz o proprietário da importadora Gourmand Alimentos, Sydney Bratt.

Comércio movido a lembrancinhas
Opresidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, diz que as vendas podem ter alta de até 7% no Dia dos Pais, em relação à data de 2008. “As perspectivas de bons negócios animam o comércio. Os itens mais vendidos deverão ser produtos de valor agregado mais baixo. Neste ano, os impactos da crise econômica global se mostraram menos intensos no país, e o consumidor volta a ter confiança no equilíbrio do desenvolvimento sustentado”, afirma Pellizzaro. O otimismo prevalece também nos shoppings. A expectativa do Raposo Shopping, por exemplo, é de elevar as vendas em 5%; e o fluxo de pessoas, no período, em 8%.