CAFETERIA – Conheça Toronto, uma das cidades mais limpas e diversas do mundo, em 36 horas

27/06/2009 – 10h32

27 de junho de 2009 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: 27/06/2009 11:06:34 - UOL





 


 



DENNY LEE
New York Times
Syndicate


Apesar de ser uma das cidades com maior diversidade no planeta, Toronto é
estranhamente limpa e ordeira. As calçadas são imaculadas, os bondes são
pontuais e os moradores locais são impecavelmente educados. Isso não quer dizer
que sejam chatos. Longe disso. Com metade da população atualmente nascida no
exterior – alimentada por um número crescente de indianos, chineses e cingaleses
– a cidade à beira do lago oferece um caleidoscópio das culturas mundiais. Cante
karaokê em um bar vietnamita, beba um café espresso em Litte Italy e assista ao
mais recente lançamento de Bollywood, tudo na mesma noite. As cenas de arte e
design também estão prosperando, e não apenas nos tapetes vermelhos
deslumbrantes do Festival Internacional de Cinema de Toronto, realizado todo mês
de setembro. As zonas industriais renasceram em distritos de galerias, e becos
escuros agora levam a estúdios de designers, dando à capital financeira do
Canadá um aspecto quase desgrenhado.



  •  

    Leslieville, bairro do leste de Toronto, possui cafés e lojas de artigos
    modernos do século passado




Sexta-feira


16h – Rumo ao Oeste

A cena cool de Toronto
parece migrar para oeste, ao longo da Queen Street West, em intervalos de poucos
anos. Começou na Yonge Street, com punk rockers e estudantes de arte lotando os
clubes abafados. Então, quando lojas famosas como a Gap se mudaram para lá, os
descolados fugiram para oeste, até depois da Bathurst Street, para um distrito
atualmente chamado West Queen West (www.westqueenwest.ca), onde velhas lojas de eletrodomésticos
estão sendo transformadas em galerias de arte e butiques chiques. Comece sua
caminhada pela região de arte de Toronto na Bathurst Street e siga para oeste.
Os espaços brutos que exibem jovens artistas canadenses incluem a Paul Petro
Contemporary Art (980 Queen Street West; 416-979-7874; www.paulpetro.com).

20h – Carne de
grife


Para um gostinho do mundo badalado, vista uma camiseta e entre
no OddFellows (936 Queen Street West, 416-534-5244, www.oddfellows.ca), um bistrô
tipo butique onde o pessoal de barba e camisa de flanela da área se encontra à
noite. O restaurante de esquina, que abriu no final do ano passado, é dirigido
por Brian Richer e Kei Ng, sócios de uma firma de design arrojada, a Castor
Design (www.castordesign.ca), conhecida por elevar materiais mundanos
em objetos inteligentes. O cardápio realiza prestidigitações semelhantes. Muitos
cortes são habilmente transformados em pratos populares canadenses, como bolo de
carne de bisão e hambúrgueres de carne de cervo (ambos custam 18 dólares
canadenses, ou cerca de US$ 15, com o dólar americano cotado a 1,21 dólar
canadense). A longa mesa comunal, feita de pedra calcária polida e com pés
aleatórios, encoraja o bate-papo.

22h30 – Valorização do
norte


Deixe a College Street para os garotos universitários. E,
ultimamente, o West Queen West está tão tomado por pessoas de fora da cidade que
os garotos descolados, ao que parece, agora estão migrando para o norte, ao
longo da Ossington Avenue, que alguns blogueiros de Toronto já estão chamando de
“Próximo West Queen West”. Nas pontas do distrito estão o Sweaty Betty’s (13
Ossington Avenue; 416-535-6861), um local pequeno com uma jukebox ousada, e o
Communist’s Daughter (1149 Dundas Street West; 647-435-0103), um lounge de bom
gosto que atrai as garotas magras trajando veludo e bota de cano alto. Uma série
de bares elegantes está brotando entre eles, situados em velhas padarias
portuguesas e lojas de utensílios de cozinha.


Sábado


10h30 – Ovos e cadeiras “ovo”

O brunch é um
assunto sério nesta cidade, e as pessoas estão seguindo atualmente para
Leslieville, um bairro antigamente sujo no leste de Toronto, agora repleto de
cafés de aspecto esperto e lojas que vendem artigos modernos de meados do século
passado. Ainda badalado, o Table 17 (782 Queen Street East; 416-519-1851; www.table17.ca) é um bistrô
francês estilo country que serve adoráveis ovos napolitanos (11 dólares
canadenses). Depois, visite as lojas de antiguidades do bairro, com incrível bom
preço e com boa curadoria, como a Machine Age Modern (1000 Queen Street East;
416-461-3588; www.machineagemodern.com), que possui mesas de jantar de teca,
relógios Georg Jensen e outros tesouros modernos antigos.

14h – Ó
Calcutá


Esta é uma cidade de bairros de minorias, dos restaurantes de
souvlaki em Greektown às janelas coloridas como arco-íris de Gay Village. Há até
mesmo duas Chinatowns. Mas para cor e condimento, tome um táxi até Little India.
O distrito no alto da colina se estende por apenas seis quadras ao longo da
Gerrard Street East, mas é congestionado com mais de uma centena de lojas e
restaurantes. Sedas reluzentes estão empilhadas na Chandan Fashion (No. 1439;
416-462-0277; www.chandanfashion.ca). A Dubai Jewellers (No. 1407;
416-465-1200) conta com uma variedade deslumbrante de peças de ouro de design
indiano. E para um lanche na metade do dia, o Udupi Palace (No. 1460;
416-405-8189; www.udupipalace.ca) é um restaurante brilhante que oferece
deliciosas dosas, chaats e outras iguarias do sul da Índia.




  •  

    O distrito de Little Índia é repleto de centenas de lojas e restaurantes
    típicos



16h – Made in
Canada


A moda local é decepcionante, mesmo na West Queen West. Uma
bela exceção é a Klaxon Howl (que se mudou recentemente para a entrada traseira
da 694 Queen Street West; 647-436-6628; www.klaxonhowl.com), uma grife masculina que mistura uniformes
militares antigos, camisas grossas de trabalho, calças jeans selvagens e
jaquetas de algodão encerado. A cena de design, por outro lado, está
florescendo. A Commute Home (819 Queen Street West; 416-861-0521; www.commutehome.com) é um
showroom cavernoso que mistura objetos industriais com móveis neomodernos feitos
de madeiras maciças. Para utensílios domésticos inteligentes, faça um leve
desvio até a Made (867 Dundas Street West; 416-607-6384; www.madedesign.ca), uma loja
galeria que representa jovens designers de produtos com olhar novo e
alegre.

20h – Gostos nômades

Uma nova confiança culinária
tomou conta de Toronto. As cozinhas não apenas estão atualizando pratos
tradicionais canadenses, como embutidos e javali, mas os jovens chefs estão
explorando as raízes globais de Toronto de formas que transcendem a fusion
padrão. Chefs da fusion asiática, como Susar Lee, têm recebido muita atenção;
seu mais recente restaurante, Madeline’s (601 King Street West; 416-603-2205; www.susur.com), está sempre
lotado. Mas também deixando sua marca estão endereços badalados como o Nyood
(1096 Queen Street West; 416-466-1888; www.nyood.ca), um restaurante pan-mediterrâneo com grandes
candelabros e molduras trabalhadas. Pratos como costelinha assada de Malta (14
dólares) são um sucesso, enquanto coquetéis saborosos como o berry mojito (14
dólares) mantêm a festa animada.

23h – Perucas

Ok. College
Street não é tão ruim, especialmente para solteiros na faixa dos 20 ou 30 anos.
Um local para começar é o de nome nada criativo College Street Bar (No. 574;
416-533-2417; www.collegestreetbar.com). O espaço à meia-luz tem paredes de
tijolos, um pátio com vegetação e uma microcervejaria refrescante que atrai um
público de boa aparência de Web designers e escritores. Depois, pegue o show
drag da 1 hora da manhã no El Convento Rico (No. 750; 416-588-7800; www.elconventorico.com).
O clube informal e agitado ainda atrai uma mistura exuberante de solteiras com
tiaras de plástico e homens musculosos com vozes altas.


Domingo


11h – Dim Sum Luxe

Para um dim sum inventivo,
que você não encontrará em nenhum outro lugar, entre na fila para o Lai Wah Heen
(118 Chestnut Street; 416-977-9899; www.laiwahheen.com), um restaurante de toalhas de mesa brancas
no segundo andar do Metropolitan Hotel. O chef Terence Chan de Hong Kong serve
criações diferentes como bolinhos de siri e tofu com trufas e cogumelo. Cerca de
40 dólares por pessoa.

13h – Museu troféu

Apesar da CN
Tower, Toronto conta com uma arquitetura impressionante de autoria de gigantes
como Ludwig Mies van der Rohe, Santiago Calatrava e Thom Mayne. Mas obras de seu
filho favorito, Frank Gehry, estavam ausentes até novembro, quando a Galeria de
Arte de Ontario (317 Dundas Street West; 416-979-6648; www.ago.net) reabriu com uma
reforma ousada de autoria de Gehry, que cresceu a poucas quadras do museu de 109
anos. Ele envolveu a estrutura Belas Artes original em folhas de vidro ondulado
e áreas de madeira, e acrescentou uma escadaria de madeira em espiral que
perfura o teto de vidro até uma nova ala de arte contemporânea. É uma
impressionante volta para casa de um arquiteto creditado por ajudar outras
cidades a florescer, não que Toronto precisasse de ajuda.




  •  

    O Gladstone Hotel, à beira de West Queen West, é um ponto popular no cenário
    gay



O
básico


Grandes companhias aéreas, incluindo Air Canada, American e
Continental, oferecem voos diretos entre Nova York e o principal aeroporto de
Toronto, a partir de cerca de US$ 220 para viagem em maio, segundo uma recente
pesquisa online. Há abundância de táxis e a cidade conta com uma rede eficiente
de bondes, metrô e ônibus.

O Drake Hotel (1150 Queen Street West;
416-531-5042; www.thedrakehotel.ca) ajudou a colocar West Queen West no mapa
badalado. Os fins de semana podem ser agitados, mas seus 19 quartos, que evocam
um iate moderno de meados do século, com suas escadas de madeira e criados-mudos
com gavetas, são silenciosos e aconchegantes. O serviço é atencioso e cordial,
mesmo quando a entrada principal está lotada de gente. O café e restaurante
também valem uma visita. Quartos a partir de 189 dólares canadenses, cerca de
US$ 156, com o dólar americano cotado a 1,21 dólar canadense.

Situado em
um marco vitoriano, o Gladstone Hotel (1214 Queen Street West; 416-531-4635; www.gladstonehotel.com)
reabriu em 2005 como um hotel butique moderno, à beira de West Queen West. O bar
revestido de madeira e galerias também é um ponto popular para as cenas gay e de
arte locais. Ele conta com 37 quartos decorados por artistas com diárias a
partir de 185 dólares canadenses.

Tradução: George El Khouri
Andolfato

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