Cafeicultores substituem a adubação química


EPTV.com – Caminhos da Roça
09/08/2010


A produtora Izabel Cristina Fernandes da Silva, do município de Monsenhor Paulo, no Sul de Minas Gerais, espera colher 200 sacas de 60 quilos de café, o dobro de outras épocas. Além da quantidade elevada, a qualidade também está melhor.
 
O bom resultado pode ser explicado pela adubação, que na fazenda da Izabel é feita com uma mistura de esterco de galinha, borra de café e bagaço de cana. É a compostagem orgânica que, além de mais barata, ajuda a proteger o meio ambiente.
 
\”Você está colocando produtos que são praticamente componentes da parte agrícola. São restos de borra de café, casca de pinos, matérias que pertencem à natureza\”, diz o engenheiro agrônomo da Emater Donizetti Couto.
 
Ao contrário do adubo químico, que precisa ser aplicado três vezes ao ano, a adubação orgânica deve ser feita uma única vez, logo depois da colheita. E o agricultor tem maior flexibilidade para mexer na lavoura: \”A gente pode mexer quando faz sol e não somente quando faz chuva\”, diz o trabalhador rural Marco José Ribeiro.
 
As ruas de café não podem ser capinadas porque a vegetação mantém a umidade da terra. Para monitorar a lavoura, amostras do solo e das folhas são analisadas a cada três meses, no laboratório da Fundação Procafé, em Varginha.
 
\”Como varia bastante o que está sendo disponibilizado no solo, até no caso da adubação orgânica, a importância dessas análises é saber o que está sendo disponibilizado para a planta. Então, é possível acudir a planta antes de ter um prejuízo na colheita\”, explica o engenheiro agrônomo da Procafé, Leonardo Bíscaro.
 
O produtor Juscelino Mendes cultiva o adubo orgânico em sua fazenda. O composto já é usado pelo terceiro ano nos 45 mil pés de café. O custo com a adubação caiu de R$12 mil para R$3 mil: \”Eu consegui economizar 80% do químico. Esse é o meu lucro porque hoje é preciso cortar as despesas, então eu decidi cortar as despesas na adubação\”.


 
 

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