Cafeicultores prejudicados por chuva têm crédito especial

28 de novembro de 2008 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, na quarta feira (26), a criação de uma linha de crédito especial para recuperação de cafezais em Minas Gerais atingidos pela chuva de granizo, ocorrida em setembro deste ano. A linha será de até R$ 90 milhões. Terá acesso ao financiamento, o cafeicultor com perda de, pelo menos, 10% da área de produção.


O limite de crédito é de R$ 3 mil por hectare e o máximo de R$ 400 mil por produtor, mesmo que ele tenha mais de uma propriedade. O prazo de pagamento é de até seis anos, sendo de dois a três anos a carência, dependendo do prejuízo constatado nas lavouras. Os juros são de 7,5% ao ano.


O pedido de obtenção do crédito deve ser acompanhado de um laudo técnico que comprove a intensidade de perda e de um projeto de recuperação da área. O prazo máximo para a contratação do financiamento é 31 de março de 2009.


As chuvas de granizo ocorridas em setembro atingiram cerca de 32 mil hectares das lavouras mineiras de café. Os maiores estragos foram no Sul de Minas, mas também houve ocorrências na Zona da Mata. “Os prejuízos foram muito concentrados em alguns municípios e houve produtores que tiveram 100% de perda”, explicou o assessor de Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Wilson Lasmar.


O município de Campos Gerais, no Sul de Minas, foi um dos mais atingidos. Segundo Lasmar, dos 17 mil hectares plantados, 7 mil foram prejudicados pelo granizo. “As perdas estimadas para o ano que vem chegam a 40% da safra municipal”. Em Boa Esperança, na mesma região, 4 mil hectares de lavouras também foram atingidos pela chuva de granizo.


A recuperação dos cafezais atingidos pode levar até três anos. Algumas lavouras do Sul de Minas terão que ser recepadas (corte baixo da planta). Mas, no caso daquelas parcialmente atingidas, a recomendação aos produtores é procurar assistência técnica para orientação sobre podas, pulverização das plantas para evitar a incidência de doenças e desbrotas. Segundo Wilson Lasmar, o trabalho de recuperação das lavouras deve ser muito bem planejado, para não aumentar muito os custos de produção.


Governo do Estado de Minas Gerais

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