Valor negociado pelas sacas de café não foi pago
26/09/2009 – 19:56
EPTV – Cafeicultores de Lambari, no Sul de Minas Gerais, acusam dois corretores de não pagar os valores acertados pelas sacas de café entregues a eles no início de 2009. De acordo com os produtores, dezenas de pessoas ficaram sem receber o pagamento pelo café que foi vendido. O produtor rural, Francisco Pereira Alves, afirmou que fechou a venda do produto por R$ 45 mil. Ele disse que, na época, o corretor ofereceu o valor de R$ 300 por saca, enquanto a média era de R$ 260.
Apesar do grande número de pessoas que foram lesadas, até agora nenhuma ocorrência foi registrada na polícia. De acordo com o promotor, Cláudio Ferreira de Oliveira Filho, o Ministério Público não pode tomar as medidas cabíveis porque não há uma queixa formal.
Os produtores apontam a participação de dois corretores no suposto golpe. Um deles é Paulo Braz, conhecido como “Negão”. Ele não foi encontrado para falar sobre o assunto. O advogado dele, José Janilson da Silva, admitiu que a dívida com os cafeicultores existe e os pagamentos não foram feitos porque o corretor não recebeu os valores da empresa que ele negociou o café.
O segundo envolvido é Mauro Paiva, que reconheceu ter uma dívida de R$ 200 mil com 30 produtores da região. Paiva também alegou que não recebeu o dinheiro de uma empresa do Rio de Janeiro para onde o café foi repassado.
A empresa citada afirmou que nenhuma negociação foi feita este ano com nenhum dos dois corretores e que a última vez em que teria comprado o produto de Mauro Paiva foi há dois anos.