Café no Paraná

Estado do Paraná localiza-se em uma região de transição climática, do
Norte para o Sul, complicada pelas variações de altitude e relevo. Ao longo dos
anos, a cafeicultura se estabeleceu no Norte e avançou até os limites de risco
em que era possível

29 de outubro de 2005 | Sem comentários Curiosidades Terminologias

Estado do Paraná localiza-se em uma região de transição climática, do
Norte para o Sul, complicada pelas variações de altitude e relevo. Ao longo dos
anos, a cafeicultura se estabeleceu no Norte e avançou até os limites de risco
em que era possível o cultivo econômico.

As análises dos riscos climáticos
envolvendo geadas, balanço hídrico, altas temperaturas na floração e formação de
chumbinhos, revelaram que as geadas constituem o único fator limitante ao
cultivo do café no Paraná. Assim, foi realizado um estudo detalhado do risco de
geadas em todo e Estado, com base em séries históricas de dados de temperatura
mínima. Esses dados foram ajustados à distribuição de extremos, a qual indicou,
para cada estação, a probabilidade de ocorrerem temperaturas de abrigo iguais ou
inferiores a um valor mínimo.

Uma análise cuidadosa das geadas que afetaram a
cafeicultura nos últimos 25 anos, revelou que temperaturas mínimas no abrigo
abaixo de 0oC estão associadas a danos generalizados nas lavouras,
sendo portanto um indicativo de geadas severas. Assim, as probabilidades de
ocorrerem temperaturas abaixo de 0o C no abrigo meteorológico foram
correlacionadas com altitude e latitude, utilizando uma base de dados
disponibilizada pelo US Geologycal Survey na internet, a qual fornece um valor
médio de altitude a cada aproximadamente 800m.  Este procedimento permitiu gerar uma
grade detalhada de risco de geadas, que possibilitou traçar com exatidão uma
carta indicando a região com menores riscos de geada, apta para o cultivo, uma
região de transição, com riscos mais elevados mas que pode conter alguns
microclimas aptos e uma região inapta, devido ao elevado risco de geadas ou por
restrições de solos e ambientais.

Esses dados foram validados localmente, por
meio de visitas, discussões com técnicos e produtores e análise de séries
históricas de dados de produção de café. Com a finalidade de reduzir ainda mais
os riscos de perda por geadas, sugere-se adotar uma série de técnicas e
recomendações locais, para reduzir os impactos das geadas ao nível das
propriedades. Assim, os produtores que desejam implantar lavouras de café ou
proteger lavouras existentes contra geadas, devem procurar um agrônomo da
Emater, das Cooperativas ou da iniciativa privada, para obter as orientações
necessárias

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