Café: Leilão do Governo não impulsiona preços do arábica

Por: CEPEA

O mercado interno de arábica seguiu calmo em julho. Muitos vendedores
mantiveram-se retraídos, na expectativa de aumento dos preços com a realização
dos leilões de opção de venda de café. Apesar da boa procura pelos leilões e do
avanço das cotações internacionais, os preços não reagiram no físico brasileiro.
Assim, a expectativa de agentes é de que o efeito do leilão sobre os preços seja
mais significativo apenas com a aproximação dos vencimentos o primeiro é
novembro/09.


No primeiro leilão, realizado pela Conab, todos os 10 mil contratos foram
arrematados por cafeicultores e cooperativas. O ágio sobre o prêmio chegou a
526,13% em relação ao valor de abertura (de R$ 1,51/sc), sendo negociado a R$
9,5015/sc. No dia 22 de julho, foram ofertadas opções de venda para mais 2
milhões de sacas de 60 quilos de arábica  estas, que vencem em janeiro,
fevereiro e março foram negociadas por R$ 1,5451/sc, R$ 1,5586/sc e R$
1,5721/sc.


Os preços de exercício vão de R$ 309,00/sc a R$ 314,40/sc. Uma das
justificativas para a menor participação de produtores no segundo leilão é a
preocupação quanto ao cumprimento da qualidade exigida pelo governo  o
padrão estabelecido demanda altos custos de maquinação. Quanto à expectativa de
exercício das opções, agentes acreditam que há chances de os lotes referentes ao
primeiro vencimento não sejam entregues ao governo caso o preço no físico esteja
por volta de R$ 280,00/sc.


O valor é considerado suficiente para que a venda no físico seja mais
atrativa, levando-se em conta o prêmio de R$ 9,50/sc do primeiro leilão e os
gastos com maquinação.
Já para os vencimentos seguintes (janeiro, fevereiro
e março), a base no físico
seria por volta de R$ 300,00/sc para que a
entrega ao governo não seja
concretizada.


As exportações brasileiras de café bateram recorde na safra 2008/09,
encerrada em junho, com cerca de 31,4 milhões de sacas embarcadas, superando a
marca obtida no ciclo 2002/03, quando o País colheu a maior produção da história
e embarcou cerca de 29,5 milhões de sacas.


Fonte www.cepea.esalq.usp.br/

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