Café: Julho foi mês de calmaria no mercado cafeeiro, diz Cepea

Por: 13/08/2009 15:08:02 - Agro Blog Brasil

O mercado interno de arábica seguiu calmo em julho. Muitos vendedores mantiveram-se retraídos, na expectativa de aumento dos preços com a realização dos leilões de opção de venda de café. Apesar da boa procura pelos leilões e do avanço das cotações internacionais, os preços não reagiram no físico brasileiro. Assim, a expectativa de agentes é de que o efeito do leilão sobre os preços seja mais significativo apenas com a aproximação dos encimentos – o primeiro é novembro/09. No primeiro leilão, realizado pela Conab, todos os 10 mil contratos foram arrematados por cafeicultores e cooperativas. O ágio sobre o prêmio chegou a 526,13% em relação ao valor de abertura (de R$ 1,51/sc), sendo negociado a R$ 9,5015/sc. No dia 22 de julho, foram ofertadas opções de venda para mais 2 milhões de sacas de 60 quilos de arábica – estas, que vencem em janeiro, fevereiro e março foram negociadas por R$ 1,5451/sc, R$ 1,5586/sc e R$ 1,5721/sc.
Os preços de exercício vão de R$ 309,00/sc a R$ 314,40/sc. Uma das justificativas para a menor participação de produtores no segundo leilão é a preocupação quanto ao cumprimento da qualidade exigida pelo governo – o padrão estabelecido demanda altos custos de maquinação. Quanto à expectativa de exercício das opções, agentes acreditam que há chances de os lotes referentes ao primeiro vencimento não sejam entregues ao governo caso o preço no físico esteja por volta de R$ 280,00/sc.
O valor é considerado suficiente para que a venda no físico seja mais atrativa, levando-se em conta o prêmio de R$ 9,50/sc do primeiro leilão e os gastos com maquinação. Já para os
vencimentos seguintes (janeiro, fevereiro e março), a base no físico seria por volta de R$
300,00/sc para que a entrega ao governo não seja concretizada. As exportações brasileiras de café bateram recorde na safra 2008/09, encerrada em junho, com cerca de 31,4 milhões de sacas embarcadas, superando a marca obtida no ciclo 2002/03, quando o País colheu a
maior produção da história e embarcou cerca de 29,5 milhões de sacas.
Fraqueza do dólar limita avanço das cotações no físico
Em julho, os futuros de café arábica valorizaram significativamente na bolsa de Nova York (ICE Futures). O contrato com vencimento em setembro foi cotado a 127,85 centavos de dólar por libra-peso no dia 31 de julho, alta de 7% sobre o dia 1º do mesmo mês.
A fraqueza do dólar frente ao Real, entre outros fatores, limitou o avanço das cotações no mercado nacional. A moeda norte-americana recuou 3% no período, cotada a R$ 1,865/US$ no dia 31 de julho. A média mensal do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 247,50/saca de 60 kg, queda de 3,6% em relação à do mês anterior.

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