Café Gourmet, a aposta que deu certo

12 de maio de 2009 | Sem comentários Consumo Torrefação

Há pouco mais de dez anos o conceito de café gourmet, cujo grão é de origem 100% arábica, praticamente não existia no Brasil e eram poucos os que acreditam que este segmento poderia prosperar por aqui. O café, bebida apreciada por 9 entre 10 brasileiros, data de 1727, vindo da Guiana Francesa. O produto que movimentou durante décadas a economia do país, continua em ascensão, mesmo com a crise e segue em ritmo de expansão no país.


Para Rodrigo Branco Peres, diretor do Café do Centro, hoje a maior torrefadora do segmento de grãos gourmet e especiais do país. “O consumo de café gourmet tem crescido de maneira considerável no mercado interno. Se levarmos em conta que em 2001 o segmento gourmet era desconhecido, e a partir de 2004 houve um boom no setor, veremos que um crescimento médio entre 15 e 20% ao ano no consumo é muito relevante”. Segundo dados da ABIC – Associação Brasileira das Indústrias de Café, no ranking mundial de consumo por habitante o Brasil com 5,64 kg/hab.ano, supera Itália (5,63 kg/hab.ano), supera o da França (5,07 kg/hab.ano) ficando dois dígitos atrás da Alemanha (5,86 kg/hab.ano). No topo da lista estão Finlândia, Noruega e Dinamarca com um volume próximo de 13 kg/por habitante/ano.


De acordo com dados do CONAB – Conselho Nacional do Café, a produção do grão de origem arábica, representa 74,6% (26,8 a 28,3 milhões de sacas de café beneficiado) da produção nacional, e tem como maior produtor Minas Gerais, que concentra 66% da safra ou cerca de 18,6 milhões de sacas. Ainda de acordo com estimativas do CONAB, aproximadamente 84% da colheita do café arábica se realizará nos meses de maio e agosto.


O Brasil sempre foi produtor de café gourmet, mas apenas como fornecedor de matéria-prima à Europa e EUA. Os cafés Gourmet sempre foram exportados na forma de grãos verdes (não torrados) para Europa, Estados Unidos e Japão. Branco Peres, comenta como foi possível, reverter este quadro, “o café que ficava no Brasil era o de pior qualidade, desta maneira foi preciso investir e desenvolver o gourmet numa época em que pouquíssimos consumidores sabiam o que era um café Premium. Esse foi um desafio assumido pelo Café do Centro, em 1997, pois apostamos neste segmento e temos obtidos resultados excelentes”, comenta.


De 2007 para cá surgiram mais de 150 marcas, conforme a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). O número comprova que, o mercado está em expansão e a competitividade aumentando. O Brasil produz entre 1 milhão e 1,2 milhão de sacas de 60 quilos de cafés especiais por ano. No entanto, 90% da safra ainda é comercializada no mercado externo. As informações são da assessoria de imprensa do Café do Centro.

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