Acordar de manhã e tomar o famoso cafezinho. No trabalho, mais uma xícara para começar o dia. Logo na primeira reunião lá esta ele outra vez, ritual obrigatório para iniciar uma conversa. Depois do almoço, a bandeja com a garrafa de café virou passagem comum depois de pagar a conta. Mais outras xícaras devem acompanhar os lanches da tarde e da noite.

O hábito de beber café, tão enraizado na cultura brasileira, está também cercado de mitos a respeito de seu impacto para a saúde.

Infelizmente, os estudos sobre o café no organismo estão concentrados nos efeitos da cafeína, sua substância mais conhecida que, no entanto, representa de 1 % a 2,5 % de sua composição. Com o propósito de relacionar todos os seus desdobramentos para a saúde, de acordo com tipo de café, modo de preparo e dosagens diárias, o Instituto do Coração (Incor) acabou de criar uma Unidade de Pesquisas do café, que realiza estudos integrados com a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual do Rio de Janeiro e instituições estrangeiras.

Segundo a proprietária do café com Sabor, Eliane Mello, muitos lembram apenas da cafeína quando falam na bebida, mas não sabem que a composição do grão é muito rica em inúmeros nutrientes e substâncias extremamente benéficas para a saúde.

Existem diversos estudos que revelam os efeitos positivos do cafezinho, inclusive contra doenças graves, como o diabetes tipo 2, por exemplo. Os ácidos clorogênicos, presentes no café, tem função anti-oxidante, assim como seus metabólicos e minerais como o magnésio, ajudam a prevenir a ocorrência da doença.

De acordo com o neurologista Alexandre Serra, o café é considerado um alimento funcional, ou seja, auxilia as funções do organismo, servindo como estimulante do sistema nervoso.

Problemas de alcoolismo e drogas podem ser tratados com a ajuda da bebida. O Instituto Kaiser Permanente, dos Estados Unidos, realizou uma pesquisa em que constatou que quanto maior a quantidade de café ingerida, menor a probabilidade de desenvolver cirrose hepática. O estudo considerou informações referentes a mais de 125 mil pacientes.

Doenças como o mal de Parkinson e Alzheimer e problemas cardíacos podem ser prevenidos graças a substâncias presentes no café. Para mulheres idosas, ainda existe o benefício de protegê-las contra a deterioração mental.

Tudo isso prova que, com moderação – a sugestão é o consumo de até seis xícaras por dia- , o café pode ser uma boa pedida para a melhora do organismo. Porém, o neurologista chama a atenção para o alto consumo da substância, “ela pode estimular taquicardia (aumento do batimento cardíaco), que favorece risco de infarto ou arritmia. Tais efeitos são também responsáveis pela cafeína em excesso, que pode trazer insônia, super-excitação e aumento da secreção gástrica”, finaliza.

Quinta-feira, 23 de abril de 2009
Café faz bem à saúde

O café já foi considerado nocivo à saúde. Mas foi reabilitado pela medicina e hoje sabe-se que pode ser um importante aliado na prevenção de doenças degenerativas neurológicas, por exemplo. A cada dia, descobrem-se novos benefícios trazidos pela bebida.

No próximo sábado, 25, acontece no Rio de Janeiro o Simpósio Café e Saúde – Café e Coração, organizado pela equipe médica que coordena as pesquisas realizadas pelo InCor – Instituto do Coração, em cooperação com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, com Sérgio Franco Medicina Diagnóstica e patrocinado pela Embrapa-Café.

Os organizadores do evento esclarecem que o objetivo do encontro – destinado exclusivamente a médicos e profissionais da área de saúde – é apresentar o atual cenário e os avanços dos estudos voltados aos benefícios do consumo diário e moderado de café para a saúde humana

Após seis anos de pesquisas sobre o café, diversos livros e artigos médicos internacionais publicados, o professor de neurologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, chegou às seguintes conclusões:

A humanidade adotou o café como bebida matinal porque ele estimula o cérebro.
O café possui, além da cafeína, uma lactona (outra substância) que atua de forma benéfica sobre o cérebro.
Seu consumo diário torna o cérebro mais atento e capaz para suas atividades intelectuais.
O café também diminui a incidência de apatia e depressão; estimula a memória, a atenção e a concentração.
Pode ajudar a prevenir o consumo de drogas e álcool, alem de diminuir a incidência de cirrose em alcoólatras.
Quantidades sugeridas:

(Considere que cada xícara de café contém 50 ml).

De 06 a 10 anos – 03 xícaras por dia

De 10 a 20 anos – 06 xícaras por dia

De 20 a 60 anos – 09 xícaras por dia

Acima de 60 anos – 06 xícaras por dia

Fonte: Informativo Cocatrel