Café: Conab eleva estimativa de colheita para 55,1 milhões de sacas

Volume representa um crescimento de 8,2% em relação ao ciclo de 2022/23

Por Fernanda Pressinott/ Globo Rural

Com a produção de café 2023/24 finalizada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa de colheita de 54,4 milhões para 55,1 milhões de sacas beneficiadas. Esse volume é o terceiro maior da série histórica da autarquia e representa um crescimento de 8,2% em relação ao ciclo de 2022/23.

Ele ocorre mesmo sendo um ano de bienalidade negativa, uma vez que a temporada de 2022/23 teve seu desempenho influenciado por condições climáticas adversas ao longo do desenvolvimento da cultura. Se o atual resultado for comparado com o ano de 2021/22, último de bienalidade negativa, a alta chega a 15,4%.

Em seu quarto e último boletim sobre a temporada, a Conab informa que o incremento é influenciado pela recuperação da produtividade, em torno de 6,3%, chegando a 29,4 sacas colhidas por hectare. Aliado a isso, a estatal verificou uma elevação de 1,8% na área em produção, com 1,87 milhão de hectares. Já a área em formação teve uma queda de 9,5%, sendo estimada em 361,6 mil hectares.

As lavouras de café arábica, que representam 70,7% do volume total, terão 38,9 milhões de sacas, segundo a Conab, crescimento de 18,9% na comparação com a safra anterior. Nessa espécie, houve um incremento de 2,3% na área em produção, aliado ao ganho estimado em 16,2% na produtividade, ocasionado pelas condições climáticas mais favoráveis em relação às últimas duas safras.

Apenas em Minas Gerais, principal Estado produtor de café, colhido é estimado em 29 milhões de sacas, aumento de 32,1% em comparação ao volume total colhido na safra anterior. “Mesmo com os efeitos da bienalidade negativa sobre muitas das regiões produtoras, o desempenho das lavouras apresenta um crescimento de 24,2% na produtividade.”

Outro importante produtor de arábica, São Paulo produzirá 5,03 milhões de sacas, alta de 14,7% se comparado ao volume obtido em 2022. No Paraná, o incremento na produtividade chega a 51,5% com produção estimada em 718,5 mil sacas. Já na Bahia, haverá uma queda de 12,8% na colheita, com 1,1 milhão de sacas.

Se o arábica registra alta na produção, para o conilon é esperada uma queda de 11,2% em relação à temporada anterior. A colheita estimada pela Conab é de 16,17 milhões de sacas.

Mesmo com a redução confirmada, esta é a terceira maior colheita registrada para a espécie. “Esse resultado é reflexo da menor produtividade verificada, influenciada pelas condições climáticas adversas registradas no principal Estado produtor, Espírito Santo, que impactou parte das lavouras, principalmente em fases iniciais do ciclo”, diz o texto. No ES, a colheita está estimada em 13 milhões de sacas no total, sendo 10,16 milhões de sacas apenas de conilon.

Segundo maior produtor de café conilon no país, em Rondônia a produção chega a 3,04 milhões de sacas, alta de 8,6% em comparação à safra passada. O resultado é favorecido pelo ganho de 16,4% na produtividade, estimulada pelas condições climáticas favoráveis, à entrada de novas áreas em produção, com clones com maior potencial produtivo, melhor manejo das culturas e à maioria das lavouras estarem equipadas com dispositivos para irrigação.

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