Brasil deve produzir 43,58 milhões de sacas de café na safra 2006/2007

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estima que a produção de café no país deve ficar entre 40,43 a 43,58 milhões de sacas na safra que se inicia. Comparando-se à sa

Por: News Cafeicultura

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estima que a produção
de café no país deve ficar entre 40,43 a 43,58 milhões de sacas na safra que se
inicia. Comparando-se à safra 2005/2006, que fechou em 32,94 milhões de sacas, o
resultado apresenta um aumento entre 7,49 a 10,64 mil sacas a mais, ou um
crescimento entre 22,7 a 32,3%.

Isso se deve às condições climáticas favoráveis, à melhoria dos tratos
culturais, podas, desbrotas e ao controle fitossanitário, impulsionado pela
melhoria dos preços de mercado a partir do segundo semestre de 2005.

No caso do café arábica, que tem produção estimada entre 30,50 e 33,53
milhões de sacas e participação de 76,2% da colheita total no país, o tipo
apresenta um aumento entre 28% a 40,8% ou 6,68 a 9,71 milhões de sacas a mais,
em relação a 2005/2006.

Já no caso do café robusta (conilon), com produção entre 9,94 e 10,05 milhões
de sacas, o aumento previsto é de 811 a 923 mil sacas a mais, ou 8,9% a 10,1%
sobre a safra anterior, que foi de 9,13 milhões de sacas. Esse resultado é
creditado também às condições climáticas favoráveis, principalmente no Espírito
Santo, maior estado produtor nacional.

A pesquisa de campo foi realizada por 258 técnicos da Conab e de órgãos
conveniados nesse trabalho, no período de 7 a 30 de novembro, nos principais
estados produtores, como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Rio de
Janeiro, Bahia e Rondônia. O estudo foi complementado com informações do
Geosafras, que utiliza técnica baseada em geotecnologia (pesquisa por satélite).

Acesse aqui o estudo completo.


 

DEZEMBRO – 2005

SAFRA – 2006/2007 – PRIMEIRA PREVISÃO

SAFRA – 2005/2006 – 4ª – ESTIMATIVA

I – INTRODUÇÃO

No período de 07 a 30 de novembro de 2005, os técnicos da CONAB e de
instituições que mantêm parcerias com a empresa, viajaram para os municípios
produtores de café dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná,
Bahia, Rondônia e Rio de Janeiro, onde realizaram entrevistas e aplicaram
questionários em propriedades e junto a informantes previamente selecionados,
visando a realização da primeira previsão de produção para a safra 2006/2007 (Pósflorada),
e a quarta estimativa referente à safra 2005/2006, cuja colheita encerrou em
outubro/2005.

O resultado da primeira previsão de produção da safra 2006/07 é
demonstrado a seguir:

II – METODOLOGIA

Minas Gerais

Foram visitados, pelos técnicos da CONAB, 102 municípios em 7 roteiros,
com realização de entrevistas e aplicação de questionários, utilizando a capilaridade e
conhecimento dos informantes.

O levantamento das informações está calcado em estudo estatístico e
científico desenvolvido pela CONAB, em conjunto com a Universidade Federal de
Lavras – UFLA, com captação subjetiva/objetiva de dados, ou seja, com obtenção de
informações junto aos órgãos de assistência técnica, cooperativas e entidades ligadas
ao setor, bem como propriedades cafeeiras selecionadas.

Com os dados dos 102 municípios que constituem a amostra, foram obtidas
as estimativas das produtividades médias das produções totais e dos erros de
amostragem para as regiões produtoras do Estado de Minas Gerais. Para as
estimativas das produções destas regiões foi considerada a representatividade de
cada município em função de sua área, com o café em produção, dentro da área total,
na região. A expansão estimada, para o Estado de Minas Gerais, foi feita
considerando-se a proporção de área da amostra em cada região. As áreas de café
em produção, consideradas neste trabalho para as quatro regiões produtoras, foram
obtidas pela EMATER – MG, em novembro de 2001, relativas ao fechamento da safra
2001/2002.
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O levantamento em Minas Gerais contou com o envolvimento direto e
indireto de 72 técnicos.

São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Rondônia.
Nesses Estados, as informações foram levantadas através da aplicação de
questionário padrão, em propriedades previamente selecionadas, com a utilização do
método de amostragem estatística (estratos de áreas). Os dados foram processados e
expandidos de acordo com o plano de amostragem, aplicando-se multiplicadores sobre
o total de cada estrato, para atingir os resultados globais.

Em São Paulo foram aplicados 610 questionários, com o trabalho de 40
técnicos; no Espírito Santo, 560 questionários por intermédio de 40 técnicos; no
Paraná, 321 questionários com 31 técnicos; em Rondônia, 718 questionários com 28
técnicos, e na Bahia, 330 questionários com 24 técnicos.

No trabalho de campo, para a aplicação dos questionários e obtenção dos
dados, as propriedades selecionadas foram visitadas por técnicos ligados às
Secretarias de Agricultura de São Paulo (CATI), do Paraná – Departamento de
Economia Rural (DERAL) e da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, do
Espírito Santo (INCAPER), da Bahia (EBDA) e de Rondônia (EMATER), com o
acompanhamento, dos técnicos da CONAB, em todos os Estados.

Rio de Janeiro.

Nesse Estado os técnicos da CONAB visitaram os principais municípios
produtores, buscando-se informações junto aos órgãos de assistência técnica,
cooperativas e outras fontes locais. Essas informações foram agrupadas em um
questionário padrão, por município e posteriormente consolidadas para a obtenção de
resultado para o Estado. Foram aplicados 24 questionários em trabalho de campo
realizado por três técnicos.

Demais Estados (CE, MT, MS, GO, PE, AC e DF)

Nesses Estados os dados foram obtidos junto aos órgãos de assistência
técnica, cooperativas e outras fontes estaduais.

III – SITUAÇÃO DA CULTURA

3.1. Clima

Em Minas Gerais, na safra 2005/06, as condições climáticas foram
favoráveis para a maior parte das lavouras de café, com exceção das áreas de
cerrado, onde a distribuição das chuvas foram irregulares, o que acabou por provocar
atraso nas floradas, com abortamento de flores e chumbinhos, além da ocorrência de
veranico no mês de fevereiro. A partir do mês de março, com exceção da região do sul
de Minas Gerais, o clima continuou favorável, ocasionando ganhos na produtividade.
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No período da colheita o clima foi satisfatório, proporcionando boas condições para a
secagem e preparo do produto, contribuindo para obtenção de um café de boa
qualidade.

Para a safra 2006/07, nas regiões do Cerrado e Zona da Mata, as condições
climáticas estão favoráveis à lavoura, pois as mesmas apresentam-se em bom estado
vegetativo, com boa floração e desenvolvimento dos frutos uniforme. No Sul de
Minas, a primeira florada foi prejudicada pelas alterações climáticas ocorridas em
setembro e outubro com registro de chuvas frias, estiagem e altas temperaturas, o que
provocou abortamento das flores e mumificação de grande parte dos chumbinhos. Em
novembro as chuvas regularizaram-se, proporcionando mais duas floradas que foram
consideradas satisfatórias. Tal fato provocou a desuniformização do desenvolvimento
dos frutos que se apresentam em diversos estágios, tais como: botão froral, flores,
chumbinho e fruto em início de maturação, que certamente concorrerão para
diminuição da qualidade do produto final.

Na safra 2005/06, em São Paulo, na fase inicial de desenvolvimento da
cultura, o clima foi desfavorável ocasionando fraca florada com abortamento dos
frutos. A partir de janeiro as chuvas foram regulares, possibilitando uma maior
granação nas lavouras. Outro fator positivo foi a temperatura elevada que contribuiu
para ganhos na produtividade. A colheita correu dentro da normalidade.
Estima-se para a safra 2006/07, uma boa produção pois o regime de chuvas
encontra-se dentro da série histórica, o que proporcionou uma boa florada.
No Espírito Santo, na safra 2005/06, as condições climáticas favoráveis com
boa distribuição de chuvas prevaleceram durante todo o ciclo da cultura, ou seja, do
florescimento até a formação de grãos. A colheita ocorreu dentro da normalidade.
As condições climáticas para a safra 2006/07, estão favoráveis, com boas
precipitações pluviométricas e chuvas bem distribuídas, proporcionando excelente
florada na maioria das lavouras.

A safra 2005/06 da Bahia, na Região do Cerrado e Planalto, a estiagem e as
altas temperaturas registradas no período de outubro a dezembro, época de floração,
provocaram perdas na produtividade. A colheita transcorreu-se dentro da normalidade.
Na safra 2006/07, o período chuvoso teve inicio a partir da segunda
quinzena de novembro, na Região Oeste, proporcionando uma boa florada, e as
lavouras com bom desenvolvimento vegetativo.

Na região norte e nordeste do Paraná, principais regiões cafeeiras do
Estado, houve chuvas acima da média histórica no período de outubro a janeiro,
dificultando a adubação do cafezal. A partir de fevereiro, as chuvas ficaram escassas e
a temperatura elevou-se influenciando negativamente na produção. O clima acelerou o
ciclo produtivo, adiantando em cerca de 20 a 30 dias as fases de frutificação e
maturação. No período de colheita as chuvas foram normais, com precipitações mais
concentradas, o que favoreceu os trabalhos e secagem, contribuindo para a qualidade
da produção em termos de bebidas, uma vez que em decorrência da estiagem
prolongada observou-se depreciação no tamanho da fava (peneira baixa) do café
produzido.

Para a safra 2006/07, as chuvas registradas nos meses de agosto e
setembro ocorreram dentro da normalidade o que foi suficiente para repor o déficit
hídrico, contribuindo, sobremaneira, para a ocorrência de boas floradas, até mesmo
acima das expectativas em algumas regiões.
Em Minas Gerais, na safra 2005/6, as condições climáticas foram favoráveis
para a maior parte das lavouras de café, com exceção das áreas de cerrado, onde a
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distribuição das chuvas foram irregulares, o que acabou por provocar atraso nas
floradas, com abortamento de flores e chumbinhos, além da ocorrência de veranico no
mês de fevereiro. A partir do mês de março, com exceção da região do sul de Minas
Gerais, o clima continuou favorável, ocasionando ganhos na produtividade. No período
da colheita o clima foi satisfatório, proporcionando boas condições para a secagem e
preparo do produto, contribuindo para obtenção de um café de boa qualidade.
Para a safra 2006/07, nas regiões do Cerrado e Zona da Mata, as condições
climáticas estão favoráveis a lavoura, pois as mesmas apresentam-se em bom estado
vegetativo, com boa floração e o desenvolvimento dos frutos é uniforme. No Sul de
Minas, a primeira florada foi prejudicada pelas alterações climáticas ocorridas em
setembro e outubro com registro de chuvas frias, estiagem e altas temperaturas, o que
provocou abortamento das flores e mumificação de grande parte dos chumbinhos. Em
novembro as chuvas regularizaram-se, proporcionando mais duas floradas, que foram
consideradas satisfatórias. Tal fato provocou a desuniformização do desenvolvimento
dos frutos que se apresentam em diversos estágios, tais como: botão froral, flores,
chumbinho e fruto em início de maturação, que certamente concorrerão para
diminuição da qualidade do produto final.

Na safra 2005/6, em São Paulo, na fase inicial de desenvolvimento da
cultura, o clima foi desfavorável e ocasionou fraca florada com abortamento dos
frutos. A partir de janeiro as chuvas foram regulares, possibilitando uma maior
granação nas lavouras. Outro fator positivo foi a temperatura elevada que contribuiu
para ganhos na produtividade. A colheita correu dentro da normalidade.
Estima-se para a safra 2006/07, uma boa produção, pois o regime de
chuvas encontram-se dentro da série histórica o que proporcionou uma boa florada.
No Espírito Santo, na safra 2005/06, as condições climáticas favoráveis com
boa distribuição de chuvas, prevaleceram durante todo o ciclo da cultura, ou seja, do
florescimento até a formação de grãos. A colheita ocorreu dentro da normalidade.
As condições climáticas para a safra 2006/07 estão favoráveis, com boas
precipitações pluviométricas e chuvas bem destruídas, proporcionando excelente
florada na maioria das lavouras.

Na safra 2005/6 da Bahia, na Região do Cerrado e Planalto, a estiagem e as
altas temperaturas registradas no período de outubro a dezembro, época de floração,
provocaram perdas na produtividade. A colheita transcorreu-se dentro da normalidade
registrando retração na produtividade.

Na safra 2006/07, o período chuvoso teve inicio a partir da segunda
quinzena de novembro, na Região Oeste, proporcionando uma boa florada e as
lavouras encontram-se com bom desenvolvimento vegetativo.
Na região norte e nordeste do Paraná, principais regiões cafeeiras do
Estado, houve chuvas acima da média histórica no período de outubro a janeiro,
dificultando a adubação do cafezal. A partir de fevereiro, as chuvas ficaram escassas e
a temperatura elevou-se influenciando negativamente na produção. O clima acelerou o
ciclo produtivo, adiantando em cerca de 20 a 30 dias as fases de frutificação e
maturação. No período de colheita as chuvas foram normais, com precipitações mais
concentradas, o que favoreceu os trabalhos e secagem, contribuindo para a qualidade
da produção em termos de bebidas, uma vez que em decorrência da estiagem
prolongada observou-se depreciação quanto ao tamanho fava (peneira baixa) do café
produzido.

Para a safra 2006/07, as chuvas registradas nos meses de agosto e
setembro ocorrem dentro da normalidade o que foi suficiente para repor o déficit
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hídrico e contribuindo sobremaneira para a ocorrência de boas floradas, até mesmo
acima das expectativas em algumas regiões.
3.2. Área

Na safra 2006/07, a área de café em produção apresenta uma redução de
3%, comparativamente à safra 2005/06. A redução é observada nos estados onde se
cultiva o café arábica, o maior decréscimo é observado no Estado de São Paulo,
30,5%, onde os produtores, optaram pelo arrendamento de parte da área para o cultivo
da cana-de-açúcar. Por outro lado, a cultura do café conilon, apresenta ligeiro
acréscimo; Espírito Santo, 2,6%, Rondônia, 1,4% e Bahia, 0,9%.
3.3. Produção

A estimativa da safra 2005/06 é de 32.944 mil sacas, quando comparada
com o levantamento de agosto/05, verificou-se uma redução de 1,15%, saindo de
33.328 mil para 32.944 mil sacas de café beneficiadas. (Quadro 01). A referida
redução foi motivada por ajustes na produtividade verificada no decorrer da colheita.
A produção de café arábica representa 72,30% da produção nacional, ou
seja 23.818 mil sacas. Deste total, Minas Gerais participa com 15.189 sacas (63,77%),
seguida pelos Estados de São Paulo com 3.223 mil (13,53%), Espírito Santo com
2.056 mil (8,63%), Paraná com 1.435 mil (6,02%), Bahia com 1.407 mil (5,91%), Rio
de Janeiro com 288 mil (1,21%), Mato Grosso com 40 mil (0,17%), e demais Estados
com 180 mil sacas de café (0,76%).

O café robusta (conilon), participa com 9.126 mil sacas, ou seja com 27,70%
da produção nacional. O Estado do Espírito Santo lidera a produção com 6.014 mil
sacas, o correspondente à 65,90% da produção nacional, seguido de Rondônia com
1.772 mil sacas (19,42%), Bahia com 405 mil sacas (4,44%), Pará com 330 mil sacas
(3,62%), Mato Grosso com 270 mil sacas (2,96%), Minas Gerais com 30 mil sacas
( 0,33%), Rio de Janeiro com 10 mil sacas (0,11%), e os demais Estados com 295 mil
sacas ( 3,22%).

Cabe ressaltar que no Estado do Paraná, no período de março a junho de
2005, as precipitações pluviométricas ficaram aquém da média histórica, ocasionando
perdas nas lavouras de café, fato este identificado na colheita. No primeiro
levantamento, ocorrido em dezembro de 2004, a projeção para o Estado do Paraná foi
de 1.550 a 1.630 mil sacas de café beneficiado. Quando comparado com o quarto
levantamento realizado em dezembro 2005, que foi de 1.435 mil sacas, verifica-se uma
redução no limite inferior de 7,42% e 11,96% no limite superior.
Safra 2006/07

A primeira estimativa da safra 2006/07 ficará entre 40.432 e 43.581 mil
sacas de café beneficiado, quando comparada com a produção da safra 2005/06, que
é de 32.944 mil sacas, verifica-se um incremento de 22,73% no limite inferior e de
32,29% no limite superior. Das 40.432 mil sacas projetadas para o limite inferior,
30.495 mil sacas são de arábica e 9.937 mil sacas são de robusta (conilon), e o limite
superior é formado de 33.532 mil sacas de arábica e 10.049 mil sacas de café robusta.
(Quadro 02).

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O acréscimo na produção se respalda na bianualidade da cultura, na
melhoria dos tratos culturais, podas, desbrotas e controle fitossanitários, e nas
condições climáticas favoráveis.

O Estado de Minas Gerais é o maior produtor de café do país, com uma
produção estimada entre 19.478 mil e 22.125 mil sacas de café beneficiado,
participando com 48,17% no limite inferior e 50,77% no limite superior da produção
nacional, seguido pelos Estados do Espírito Santo com 9.160 mil e 9.237 mil sacas
(22,66% e 21,20%) , São Paulo com 4.430 mil a 4.507 mil sacas (10,95% e 10,34%),
Bahia com 2.165 mil a 2.235 mil sacas (5,35% e 5,13%), Paraná com 1.990 a 2.198 mil
sacas (4,92% e 5,04%), Rondônia com 1.810 mil a 1.830 mil sacas (4,48% e 4,20%) e
os demais Estados com 1.399 mil a 1.449 mil sacas (3,47% e 3,32%).

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