Bolsa de NY tem o pior mês desde fevereiro de 2009

30 de janeiro de 2010 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Agência Estado

Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010, 20h35


GUSTAVO NICOLETTA


Os índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda e registraram o declínio mensal mais acentuado desde fevereiro de 2009, diante do ceticismo dos investidores em relação à sustentabilidade do crescimento da economia norte-americana. O Dow Jones caiu 53,13 pontos, ou 0,52%, para 10.067,33 pontos. Na semana, o índice recuou 1,04% e no mês acumulou queda de 3,46%.


As ações da Microsoft tiveram o pior desempenho entre os componentes do índice, fechando em baixa de 3,36%, mesmo após a companhia ter anunciado um aumento de 60% no lucro do segundo trimestre fiscal. Os investidores deram mais atenção ao fato de a Microsoft ter previsto que não haverá um aumento significativo em seu número de clientes corporativos tão cedo.


Entre outros integrantes do Dow Jones, a Chevron caiu 1,53% depois de anunciar que seu lucro do quarto trimestre encolheu 37% ante igual período de 2008, desapontando os investidores. Já o Walmart subiu 1,56% após anunciar uma aliança corporativa com a Li & Fung. A companhia, com sede em Hong Kong, deve fornecer cerca de US$ 2 bilhões em bens para o Walmart no primeiro ano do acordo.


O índice Nasdaq recuou 31,65 pontos, ou 1,45%, para 2.147,35 pontos, com queda de 2,63% na semana e de 5,37% no mês. O S&P 500 perdeu 10,66 pontos, ou 0,98%, para 1.073,87 pontos, com declínio de 1,64% na semana e de 3,7% no mês.


As ações da Amazon.com fecharam em baixa de 0,5% após a empresa divulgar um lucro maior do que o esperado por Wall Street no quarto trimestre, impulsionado pelo crescimento de 42% nas vendas. Os papéis da Mattel perderam 1,6% apesar de um aumento nas vendas e de uma melhora significativa na lucratividade durante o quarto trimestre.


O declínio ocorreu mesmo após o Departamento de Comércio dos EUA anunciar que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu a uma taxa anualizada e sazonalmente ajustada de 5,7% no quarto trimestre de 2009, superando a previsão média de analistas consultados pela Dow Jones, de expansão de 4,8%.


“No ano passado, as boas notícias ajudavam e as más notícias eram ignoradas”, disse Haag Sherman, executivo-chefe de investimentos da Salient Partners. “Muitos investidores já haviam embutido nos preços uma forte recuperação e a divulgação de balanços corporativos melhores que a expectativa, de forma que o mercado ficou muito mais exigente.”


Para George Feiger, executivo-chefe da Contango Capital Advisors, outro fator que motivou o declínio das ações foi a apreensão dos investidores com o fato de muitos dos problemas que contribuíram para a recessão ainda existirem. “O setor de moradia ainda sofre com uma quantidade imensa de dívida e o de imóveis comerciais está em colapso.” Ele acrescentou que “havia a percepção de que teríamos uma recuperação como as recuperações anteriores. Nunca tivemos esses níveis de dívida antes, então não vamos repetir os padrões do passado”. As informações são da Dow Jones.

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