Washington, 26 jan (EFE).- Um pesquisador dos Estados Unidos parece ter encontrado a solução ideal para as pessoas apressadas ou ocupadas demais para tomar um café com bolinhos: o “donut” com cafeína.
Segundo explica hoje o site “NutraIngredients-USA.com”, o biólogo molecular Robert Bohannon quis combinar num só produto a resposta às duas grandes necessidades matutinas: encher o estômago e despertar.
Bohannon, professor da Universidade de Duke, em Durham (Carolina do Norte), que diz beber quatro a seis xícaras de café por dia, afirmou ao site que suas primeiras experiências tiveram um resultado desagradável. O problema é que a cafeína não é muito solúvel e deixa um sabor amargo.
O inventor contou com a colaboração de vários especialistas da indústria alimentícia que reduziram a cafeína a pequenas partículas para isolar assim seu sabor amargo.
Bohannon não revelou todos os detalhes do processo para introduzir a cafeína em microcápsulas, porque ainda está sendo patenteado, mas afirmou que utiliza técnicas muito complexas.
Os novos produtos, registrados com as marcas “Buzz Donut” e “Buzzed Bagel”, ainda não estão no mercado. Mas seu criador já entrou em contato com grandes redes comerciais, como Starbuck’s e Dunkin’ Donuts.
A dose de cafeína pode ser alterada à vontade de quem comercializar o produto. Segundo seu inventor, a quantidade ficará entre 50 e 100 miligramas. Uma xícara de café convencional tem 50 miligramas.
“O excesso de cafeína era uma das preocupações, mas nosso procedimento permite controlar a quantidade exata de cada ingrediente”, explicou.
De acordo com o “NutraIngredients- USA.com”, os “donuts” e “bagels”, duas das guloseimas mais clássicas nos EUA, podem ser complementados não só com cafeína, mas também com vitaminas e minerais. A possibilidade mudaria o conceito do consumidor sobre os produtos, tipicamente associados a grandes quantidades de gordura e açúcar.
Bohannon, porém, ainda teme a reação do grande público, tanto pela novidade do produto quanto pela mistura de conceitos de comida saudável e “lixo”. EFE