O bicho-mineiro, nome popular dado ao inseto Leucoptera coffeella, da família das mariposas, é considerado uma das pragas mais importantes do cafeeiro, devido ao grave dano que a sua larva causa às plantações.
CARACTERÍSTICAS
O adulto do bicho-mineiro é uma mariposa que apresenta, em média, 2 mm de comprimento e 6,5 mm de envergadura; cabeça com escamas brancas; antenas longas e filiformes, que atingem a extremidade do abdômen; peito branco-prateado; asas franjadas, de coloração branco-prateado com manchas circulares pretas, circundadas de amarelo, localizadas uma em cada ponta das asas anteriores; e pernas cobertas com cerdas brancas.
CICLO REPRODUTIVO
O ciclo de vida do bicho-mineiro inclui as etapas de ovo, larva, pupa e adulto alado. Considerando uma temperatura de 25 °C, a fase do ovo geralmente dura cerca de cinco dias, a fase de larva doze dias e a de pupa cinco dias, completando 22 dias até chegar à idade adulta.
DANOS À LAVOURA
Os danos são causados pela larva ao se alimentar da folha. Uma única larva pode consumir entre 1,0 e 2,0 cm² de área foliar durante seu desenvolvimento e causar necrose de mais de 80% das folhas quando várias minas se juntam. A alta incidência pode causar desfolha mento da planta, o que está diretamente relacionado à intensidade do ataque e ao período em que ocorre.
CONTROLE E MANEJO
O controle do bicho-mineiro deve contemplar um conjunto integrado de práticas que envolvem: monitoramento constante e eficiente do cafezal, controle cultural, controle biológico, controle por comportamento e controle químico com inseticidas seletivos.
IMPACTOS NA SOCIEDADE
O bicho-mineiro é uma grave ameaça às lavouras de café, podendo acarretar perdas entre 30 a 70% da produção, comprometer a qualidade e a produção dos grãos e causar impacto negativo na cadeia produtiva do café.
Fonte: Embrapa / IHARA