Apaixonada por… café!

4 de novembro de 2008 | Sem comentários Cafeteria Consumo

Apaixonada por… café!



Nunca tinha ido a Campo Maior mas acho que até de olhos vendados se reconhece uma terra cujo ex-libris é o café. Porque é a café que cheira quando nos aproximamos do lugar que acolhe o único Museu da Península Ibérica dedicado a esta verdadeira poção mágica.


Tive o privilégio de passear pelo fantástico espólio desta casa com um “guia” muito especial- o Comendador Rui Nabeiro, o senhor do café em Portugal ( e que agora também se aventura nos chás com a Deltea e nos vinhos , com quase 200 mil garrafas por ano)


Desde o dia 21 de Dezembro de 1994, milhares de pessoas já se passearam por estes corredores, entrando em contacto directo e interactivo com todo o ciclo que um simples grão do café percorre, desde a sua plantação, até ser transformado numa bebida quente, forte e adorada em todo o mundo.


Em grandes gavetas, repousam grãos de origens distintas- a cor vai-se alterando mas são os aromas que, de acordo com a geografia, marcam as diferenças entre os lotes. As mãos e o nariz são colocados imediatamente em acção- mexer nos grãos de café, torrados, brilhantes; cheirá-los e perceber que afinal o café não é todo igual- mais subtil, mais robusto, amargo , achocolatado ou adocicado; vocabulário olfactivo que mais tarde, já na chávena, será igualmente do paladar.


Uma pequena estufa transporta-nos para outros meridianos e aqui temos uma plantação onde encontramos as flores e as bagas do café.


A maquinaria ligada à torrefacção, à moagem, pesagem, embalamento e à distribuição está toda aqui- e até uma carrinha de meados do século passado relembra histórias dos idos anos 50, com contrabandistas à mistura…


Visitar o Museu do Café é conhecer também a vida deste homem que apenas com a 4ª classe começou como moço de recados numa pequena empresa familiar e hoje, com a mesma humildade de sempre, recorda os tempos difíceis de Campo Maior, faz contas de cabeça para saber quantos afilhados tem e comove-se sempre que fala das causas sociais que apoia.


Rui Nabeiro, ele sim, é um apaixonado. Por café. E por Portugal.


– Uma nota final relativamente a café: abriu recentemente um “Starbucks” em Lisboa- infelizmente num centro comercial, descaracterizando o espírito de uma marca que eu já conhecia de outras paragens. Prometem abrir outro em Belém, mais parecido com os “outros”…


Mas, mesmo não sendo uma loja de rua, a simpatia do pessoal será sempre uma característica que ultrapassa a questão do estabelecimento em si.


Nada de empregados mal dispostos, que nos atiram com uma bica mal amanhada numa chávena, às vezes rachada. Aqui perguntam o nosso nome, explicam-nos de onde vem o café da semana, indicam-nos o balcão onde podemos escolher açúcar, canela, baunilha ou chocolate para um toque final na nossa bebida e, a pedido, fazem Coffee-tastings para 4 ou 8 pessoas.


Nestas provas, ensinam-nos a degustar um café, cheirando-o, sorvendo-o, reconhecendo em cada lote as suas características especificas…as sensações que ficam no palato, na língua, na garganta passam depois para palavras que se escrevem no nosso “Passaporte de explorador do café”- um pequeno livrinho, que nos deverá acompanhar em todas as provas que fizermos, em qualquer Starbucks. E tal e qual como num passaporte, vamos coleccionando os “carimbos” dos lotes por onde viajámos.


Viajando pelo mundo Starbucks ou Delta, bebendo na rua ou em casa, sozinha ou entre amigos, cheguei à conclusão que, para os verdadeiros apreciadores, esta é, de facto, a bebida que terá sempre sabor a paixão.


www.delta-cafes.pt


www.starbucks.com


 

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