ANÁLISE MENSAL – Bolsas de Futuro tiveram valorização nos preços do café ao longo do mês de julho

Por: CAFÉ E MERCADO

Análise Mensal
(19/08/2009 16:18)


Todas as Bolsas de Futuro tiveram valorização nos preços do café ao longo do
mês de julho. As altas registradas na BM&F, na ICE e na Liffe foram de 5,4%,
6,8% e 10,7% para o vencimento em set/09, comparando-se o início e o fim do mês.
Agora, comparando-se os preços médios de julho com a média de junho, pode-se
observar que os contratos com vencimento em set/09 para todas as Bolsas
apresentaram uma desvalorização média de 3,4%


Durante o mês de julho, o dólar apresentou uma desvalorização de 4,8%, quando
se compara os valores obtidos na primeira e na última semana. Na comparação com
junho, o mesmo também registrou uma desvalorização de 1,6%. E por fim, o
confronto entre as médias deste mês e a média histórica, mostrou que esta última
é 0,7% superior à média do mês de julho.


Os indicadores voltaram a apresentar aumento durante o mês de julho, eles
tiveram uma valorização média de 5,7% no decorrer deste período, como pode ser
observado nos gráficos a seguir. Porém, na comparação do mês de junho com o mês
de julho, todos os indicadores tiveram uma desvalorização, que variou entre
0,61% e 0,81%, correspondendo aos robustas e naturais brasileiros
respectivamente. Já a comparação com julho de 2008, mostra que os Suaves
Colombianos e Outros Suaves apresentaram valorização, enquanto os demais foram
comercializados a um valor mais alto no ano passado que agora.


Os preços físicos, quando comparada a primeira semana de julho com a última,
apresentaram-se de estáveis a mais altos, exceto para as regiões de Vitória da
Conquista (Arábica, tipo 6, bebida dura para melhor e tipo 6, bebida rio) e
Vitória (Arábica, tipo 6, bebida dura). O indicador Cepea para o café arábica
apresentou um aumento de 4,7% e para o café conillon de 5,6% para o arábica,
quando confrontado as médias dos mês de junho e julho.


Para a OIC (Organização Internacional do Café) a produção do ano safra
2008/09 estimada em 127 milhões de sacas de 60 kg, deverá ser revisada para
cima, já que o as exportações do Vietnã foram mais expressivas e o país deve
atingir 19 milhões de sacas de café. Já para a safra 2009/10 a estimativa da
instituição permanece em nas 127 milhões de sacas.


Dois assuntos que voltaram a serem manchetes em algumas notícias no mês de
Julho, mas que reforça o que muitos especialistas vinham afirmando nos últimos
meses é a desaceleração do ritmo do crescimento do consumo e a transferência de
consumidores das cafeterias para os lares, ambos causados pela nossa velha
conhecida crise mundial. Como disse acima, não há novidades e sim confirmações,
a primeira é que o crescimento no consumo se assentou na casa dos 1% – que
podemos chamar de média entre os pessimistas da recessão e dos otimistas dos 2%
– e que houve essa mudança de local do consumo, ou seja, o consumidor agora
compra seu café e toma em casa, a boa notícia é que a qualidade desse café
tomado em casa vem aumentando, mas se justifica se analisarmos que no mundo, uma
xícara de café em cafeterias e similares sai em média por US$2,10 e em casa na
média de US$0,40. Apesar de tudo, essa não é uma tendência geral, ela é mais
acentuada em países ricos, tradicionalmente consumidores de café, como os EUA, a
Itália, França e Alemanha. O Brasil por sua vez tem uma tendência inversa, ou
seja, o brasileiro procura cada vez mais um bom café espresso fora de casa.


De acordo com os últimos dados divulgados pela Green Coffee Association os
estoques de café verde dos EUA finalizaram o mês de julho com 5.602.710 de sacas
de 60 kg., variação positiva de 115.869 sacas em relação ao mês passado. Porém,
como podemos ver na linha de tendência do gráfico a seguir, os estoques estão
diminuindo ao longo dos últimos sete anos.


Mais informações no informativo mensal de julho, clique
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