Agronegócio mineiro cresce 27% até abril

Por: 06/06/2007 12:06:02 - Agência Estado - Últimas Notícias

Belo Horizonte, 5 – A elevação de preços de algumas commodities agrícolas propiciou um novo recorde de exportações do agronegócio mineiro, que alcançaram US$ 1,5 bilhão nos primeiros quatro meses deste ano, crescimento de 27% em comparação com o mesmo período de 2006. De acordo com o boletim técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faemg), entre os produtos que contribuíram para este resultado estão o café, carne bovina, açúcar, álcool e madeira e seus subprodutos.

As importações do setor também seguem em alta, com crescimento no primeiro trimestre de 56% em valor, para US$ 92 milhões. De acordo com o boletim, o real valorizado contribui decisivamente para esse indicador, com perda de competitividade de lavouras tradicionais do Estado, como algodão e arroz, e favorecendo a importação desses produtos. Somam-se a esse grupo as importações de trigo. O saldo da balança do agronegócio mineiro cresceu 25% no quadrimestre, alcançando US$ 1,41 bilhão, o que amplia a participação do setor no saldo total da balança comercial do Estado de 37% para 37,8%.


As vendas externas de café em grão aumentaram no período 36% em valor, para US$ 841,6 milhões, e 24% em volume, que atingiu 374 mil toneladas; as de carne bovina aumentaram 80% em valor (US$ 107,4 milhões) e 55% em volume (35 mil toneladas); o açúcar, 12% em valor (US$ 97,5 milhões) e 10% em volume (338 mil toneladas); o álcool, 689% em valor (US$ 15 milhões) e 359% em volume (24,2 mil litros); e madeira e subprodutos, 17% em valor (US$ 164 milhões) e 4% em volume (323 mil toneladas).


Um setor que contribuiu negativamente foi o de soja em grão, com queda de 28% das exportações em valor, para US$ 32 milhões. A expectativa de aumento da demanda interna de óleo para produção de biodiesel e a redução da safra mineira da soja (-3%), propiciando melhores preços no mercado interno, justificam esses resultados, uma vez que as cotações médias de venda ao exterior do óleo e da soja estão 41% e 15% maiores neste ano, respectivamente. As exportações do complexo devem melhorar entre maio e junho, depois de encerrada a colheita no Estado.

(Raquel Massote)

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