pesquisadora Raquel Ghini, responsável pela pesquisa, esclarece que a idéia é trabalhar com outras doenças do café e também com outras culturas importantes para exportação. Será possível também elaborar estratégias para a agricultura se proteger das prag
Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente, de Jaguariúna (SP), estão elaborando mapas de distribuição geográfica de doenças e pragas do café em cenários futuros resultantes do aquecimento climático global. Com dados dos últimos 30 anos, usando um modelo de simulação, foram obtidos mapas para a realidade atual, e estes foram comparados com os mapas projetados para os cenários futuros. Entre as constatações, haverá uma maior incidência de bicho-mineiro-do-cafeeiro, pois, segundo os pesquisadores, quanto mais a atmosfera está aquecida mais aumenta a geração dessa praga.
A pesquisadora Raquel Ghini, responsável pela pesquisa, esclarece que a idéia é trabalhar com outras doenças do café e também com outras culturas importantes para exportação. Será possível também elaborar estratégias para a agricultura se proteger das pragas que podem se manifestar daqui a alguns anos. ”Pode-se simular cenários e estudar as estratégias mais eficientes”, resume.
Doenças que hoje não são consideradas importantes podem se desenvolver em outras condições climáticas e, sabendo com antecedência, a Embrapa pode desenvolver variedades resistentes e outros métodos de controle. O mesmo trabalho foi realizado com nematóides do cafeeiro e os mapas obtidos também evidenciaram que poderá haver aumento da doença causada por esses microrganismos.
Em outro projeto de pesquisa, que também tem por finalidade estudar os efeitos das mudanças climáticas globais sobre as doenças de plantas, foram construídas estufas de topo aberto para injeção de gás carbônico (CO2) para simular alterações atmosféricas e seus efeitos na ocorrência de doenças. Com isso, serão avaliados parâmetros epidemiológicos, o ciclo e a ocorrência das doenças, como oídio da soja, brusone do arroz, ferrugem do cafeeiro e do feijoeiro