A cafeicultura no Oeste Baiano
Atualmente, o mercado competitivo está exigindo cada vez mais dos produtores para que esses possam permanecer em suas atividades. Uma das formas utilizadas pelos cafeicultores no Oeste da Bahia é a cafeicultura irrigada.
Em entrevista ao Café e Mercado, o consultor de café irrigado, Marcos Pimenta, que atua nos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo, afirmou que a cafeicultura no Oeste Baiano está sendo um bom negócio para os produtores, devido ao clima e ao solo da região. Como a atividade é 100% irrigada, há menores intempéries climáticas, não tendo, portanto, problemas com seca. É uma região onde não há possibilidades de geadas e na época da colheita, não chove. Com isso, a produtividade é alta, onde se consegue uma produção média de 55 sacas por hectare.
No Oeste Baiano, devido à mecanização, os cafeicultores não sofrem com o problema da mão-de-obra escassa ou cara, como está acontecendo em Minas Gerais. E a mecanização passa a ser competitiva entre os produtores, pois se consegue um menor custo de produção por saca, do que se consegue em Minas Gerais, por exemplo.
“O café teve uma expansão em área de 1995 até 2001, em detrimento aos bons preços. A partir de 2001 devido à queda no preço do café, houve uma desaceleração na expansão das áreas, não seguindo a mesma tendência percebida até então”, disse Pimenta.
Como em todas as regiões cafeeiras, os produtores estão enfrentando a alta dos insumos. Porém, diferente de algumas regiões de Minas Gerais, a estimativa da safra 2008/09, para a região do Oeste Baiano, está sendo alcançada, não tendo o problema de quebra de safra.
Os produtores estão tendo um aumento na produtividade, conseguindo um melhor manejo, tendo um foco maior para as praticas de: Manejo georeferenciado de pragas e doenças, visando também à boa fertilidade do sistema e boas práticas de irrigação melhorando a sustentabilidade da cafeicultura na região. Mas como em todas as regiões cafeeiras, eles esperam por preços melhores.
A maior parte do café produzido na Bahia é para consumo nacional. Os cafeicultores estão fazendo parte de programas de certificação do café para terem melhores oportunidades no mercado, com produtos de melhor qualidade.
