MERCADO INTERNO |
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BOLSAS N.Y. E B.M.F. |
Sul de Minas |
R$ 245,00 |
R$ 237,00 |
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Contrato N.Y. |
Fechamento |
Variação |
Mogiano |
R$ 245,00 |
R$ 237,00 |
Setembro/2008 |
135,80 |
-4,65 |
Alta Paulista/Paranaense |
R$ 240,00 |
R$ 235,00 |
Dezembro/2008 |
139,70 |
-4,25 |
Cerrado |
R$ 247,00 |
R$ 237,00 |
Março/2009 |
143,40 |
-4,20 |
Bahiano |
R$ 240,00 |
R$ 235,00 |
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* Cafés de aspecto bom, com catação de 10% a 20%. |
Contrato BMF |
Fechamento |
Variação |
Cons Inter.600def. Duro |
R$ 233,00 |
R$ 230,00 |
Setembro/2008 |
167,50 |
-6,55 |
Cons Inter. 8cob. Duro |
R$ 235,00 |
R$ 233,00 |
Dezembro/2008 |
168,35 |
-5,65 |
Dólar Comercial: |
R$ 1,6080 |
Março/2009 |
172,00 |
-3,00 |
O mercado cafeeiro finalizou as operações nesta sexta-feira em queda, pressionada pelo recuo no mercado de commodities juntamente com a valorização do dólar, a posição setembro fechou com -4,65 pontos acumulando na semana -4,35. No interno dia “travado” com valores nominais.
Os fundos de investimento aumentaram o saldo comprado no mercado futuro de café da Bolsa de Nova York (Ice Futures US), segundo relatório semanal de traders divulgado pela Commodity Futures Trading Commission (CFTC), referente ao dia 5 de agosto de 2008. Os fundos passaram de um saldo comprado de 17.241 para 17.375 lotes. Fundos e especuladores diminuíram no período o saldo comprado de 19.165 para 17.588 lotes, com conta da redução do saldo comprado dos pequenos especuladores, de 1.924 para 213 lotes.
O dólar fechou em alta pela quinta sessão consecutiva, alinhado à continuidade do avanço da moeda norte-americana em relação ao euro, que encerrou no nível mais baixo em cinco meses. No exterior, o dólar reagiu à desvalorização das matérias-primas (commodities). Internamente, ainda pressionaram as cotações as remessas de recursos ao exterior por estrangeiros que saíram da Bovespa. A moeda americana fechou com valorização de 1,07% cotado a R$ 1,608.
As notícias no decorrer da semana ficaram por conta das previsões de desaquecimento da demanda por commodities que se fortaleceram, em meio a indicadores fracos de atividade nos EUA e a avaliações de que os problemas econômicos na Europa e Japão estão só começando. As decisões pela manutenção dos juros tomadas pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra refletem a maior preocupação dessas autoridades com o fraco desempenho econômico, apesar do ambiente de forte pressão inflacionária. Diante desse cenário, os investidores se reposicionaram com pesado volume de compras de dólar aliado a vendas de euro.
A produção mundial de café em 2008/09 deve alcançar 128 milhões de sacas de 60 quilos, segundo a Organização Internacional do Café (OIC), que manteve o mesmo número da projeção anterior. Em 2007/08 a produção foi de 118 milhões de sacas. No entanto, os estoques de café do Brasil no início de 2008 alcançaram 11 milhões de toneladas, o menor volume registrado desde 1981/82. Segundo a OIC, isso indica que os estoques totais de abertura nos países exportadores em 2008/09 podem ser muito baixos. As informações são da Dow Jones.
O atraso na colheita nas regiões de atuação da Cooperativa Regional de Cafeicultores, em Guaxupé, continua, apesar da boa evolução dos trabalhos nas últimas semanas, com o clima mais seco. A expectativa é de que no Sul de Minas Gerais, Cerrado Mineiro e partes de São Paulo, onde atua a Cooxupé, a colheita encerre somente em setembro. Assim, a colheita poderá “encavalar”, se misturar, com a florada, prejudicando a safra futura de 2009.
O gerente de desenvolvimento técnico da Cooxupé, Joaquim Goulart, admite a preocupação. Ele alerta que se houver uma chuva de mais de 10 milímetros a partir de agora o cafeeiro pode induzir uma florada, que seria bem afetada, já que a colheita segue em andamento. A colheita tem seguido bem nas áreas de atuação da Cooxupé. Chegou a chover na terça-feira, mas o sol depois voltou e garantiu boas condições para colheita e secagem. Entretanto, as regiões continuam enfrentando o problema sério da escassez e alto custo da mão-de-obra. Além disso, a disponibilidade de máquinas é relativamente insuficiente para as áreas. Há muita concorrência de mão-de-obra, e o atraso inicial da colheita só trouxe mais problemas, porque encurtou o período de trabalho com muita disputa pela contratação dos trabalhadores.
O volume previsto a ser colhido nos municípios de atuação da cooperativa envolve um potencial de 9,690 milhões de sacas de 60 quilos. Segundo Goulart, a média da colheita nas áreas que a Cooxupé abrange está em 40%, o que representaria 3,876 milhões de sacas já colhidas, até o começo da semana. Em São Paulo, na área levantada pela Cooxupé, onde atua a cooperativa, a colheita está em 39%, segundo levantamento da cooperativa. No sul de Minas Gerais, a Cooxupé estima colheita em 42%. Já no cerrado mineiro, a cooperativa trabalha com um percentual colhido de 30%. O recebimento da Cooxupé em 2008 deverá chegar a 5,0 milhões de sacas. As informações partem da Agência Safras.