fonte: Cepea

Colômbia: Preço bom, mas falta café

Por: Centro de Inteligência do Café

Em meio à crise econômica mundial, os cafeicultores colombianos vivem um bom momento, com elevados preços para o produto, entretanto falta café.


O preço da libra de café colombiano na Bolsa de Nova Iorque em torno de US$ 2, algo que não acontece há 11 anos, quando houve a ultima alta expressiva nas cotações. Naquela época, o café colombiano chegou a US$ 2,80 por libra em Nova Iorque.


O paradoxo é que, enquanto os preços são bons, não há muito café para vender no mercado internacional. E essa é a grande diferença para a “bonança” do setor, quando além de bons preços, há grãos suficientes para exportar.


Disponibilidade


“Hoje, a oferta de café colombiano é quase nula (no mercado internacional)”, Jorge Lozano, presidente da Associação Colombiana de Exportadores Café, disse à BBC Mundo.


Tudo se deve à colheita, que foi reduzida por fatores como o inverno e a renovação das lavouras, forçando torrefadores dos Estados Unidos a pagar prêmios maiores para atender seus compromissos. Os prêmios pagos tem chegado à US$ 0,70 por libra nos últimos dias.


Por sua vez, Juan Lucas Restrepo, gerente comercial da Federação Nacional dos Cafeicultores, explica o motivo da alta demanda por café colombiano. “A Colômbia é um componente essencial em muitas marcas de café e que os consumidores valorizam, disse Restrepo. Além disso, acrescenta, uma parcela importante do café colombiano é utilizado na torrefação do café moído que é vendido nos supermercados.” O país andino, que é o terceiro maior exportador de grãos depois do Brasil e do Vietnã, concorre no segmento de cafés suaves.


Consumo garantido


Até agora, a crise econômica mundial não afetou o consumo do café no mundo, que em 2008 atingiu 130 milhões de sacas de 60 kg.. “O que mudou é o lugar onde o café é bebido. Agora, muitas pessoas preferem tomá-lo em casa, em vez de ir para um lugar onde será mais caro”, diz Lozano.


No entanto, Restrepo reconhece que, devido ao aumento dos preços, “começará a refletir um declínio na utilização de café colombiano nos blends em que a origem não é tão importante.”


“Esta situação não é negativa, já que permite que o mercado entre em equilíbrio, e dá a Colômbia condições para enfrentar facilmente as necessidades dos seus compradores permanentes”, acrescenta.


 

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