Principal motivo foi a seca, que deixou os grãos miúdos e sem qualidade.
Região de Muriaé é a mais afetada e deve colher 55% menos que em 2013.
A estiagem dos primeiros meses do ano provocou prejuízos para os cafeicultores da Zona da Mata Mineira. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a quebra deve passar de 30%.
A produção de Lair da Silva, este ano, não foi uma das melhores. Em uma área de um hectare em Pirapanema, distrito de Muriaé, Zona da Mata de Minas Gerais, 2,5 mil pés renderam 450 quilos de café. Nas contas do produtor, esse número é quase 87% menor na comparação com o ano passado.
O produtor ainda não vendeu a safra deste ano. No quintal de casa, parte do café está secando e ele espera que a cotação do produto melhore, para que o prejuízo não seja tão grande.
A redução da safra aconteceu também em outras fazendas da região. A produção de Vanderlei Pereira teve queda de 50% e ainda há outra preocupação: a qualidade dos grãos. Os miúdos, segundo o cafeicultor, não darão muito lucro.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os levantamentos de campo apontam um recuo de 34% na produção da Zona da Mata. A região de Muriaé é a mais afetada e deve colher 19,5 mil sacas, 55% a menos em relação ao ano passado.
“O produtor deve se adequar, com análise de solo, com os recursos da Emater para adubar de maneira racional e fazer os tratos culturais para diminuir os custos e dinamizar a produção”, explica Robério Torres, engenheiro agrônomo da Emater.