São Paulo, 05 – A Yara chegou a um acordo para adquirir a participação minoritária na Galvani Indústria, Comércio e Serviços S.A., da família Galvani. A companhia deve pagar em espécie US$ 70 milhões durante 3 anos após a conclusão da operação e um "futuro pagamento condicional relacionado com cláusulas de êxito", segundo nota da Yara. Com o negócio, a empresa norueguesa passará a deter 100% das ações da Galvani. A Yara já detinha 60% de participação, adquiridos por US$ 318 milhões em agosto de 2014.
A transação está sujeita a condições precedentes que ainda precisam ser cumpridas, à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), "além de outras aprovações comuns", conforme a companhia.
Pelo acordo anunciado nesta sexta-feira, 5, a Yara Brasil deterá 100% da unidade industrial de Paulínia (SP), com produção integrada de superfosfato simples e unidade de mistura de fertilizantes a granel. Também controlará o Projeto Serra do Salitre (MG), que tem capacidade de produção anual aproximada de 1,2 milhão de toneladas de minério de fosfato e um adicional de 1,5 milhão de toneladas de fertilizantes acabados (SSP equivalente).
A operação prevê, além disso, que determinados ativos serão transferidos para a família Galvani. A unidade de produção em Luís Eduardo Magalhães (BA) e as unidades de mineração de Angico dos Dias e Irecê (também na Bahia), bem como o projeto de fosfato "greenfield" (a ser desenvolvido) de Santa Quitéria (CE), serão desmembradas da Galvani Indústria, Comércio e Serviços e integrarão uma nova empresa, a ser totalmente controlada e gerida pela família Galvani. Os ativos têm um valor contábil equivalente a US$ 95 milhões, de acordo com a Yara.
"Este acordo contribui para a otimização do nosso sistema de produção no Brasil e garante a propriedade total de ativos de produção importantes para a Yara Brasil, complementando nossa ampla capacidade de distribuição e alcançando uma posição ainda mais robusta no mercado brasileiro", disse no comunicado o vice-presidente executivo da Yara Brasil, Lair Hanzen.
Fonte: Q10/Estadão Conteúdo