XV Seminário do Café do Cerrado, segundo dia de palestras destacará meio ambiente e irrigação.

A Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio realizará de 19 a 21 de setembro o XV Seminário do Café do Cerrado. No dia 20, as palestras enfatizarão o meio ambiente e irrigação. Abaixo, segue release das palestras.

08h45min – Gestão da Propriedade Cafeeira
                     “O Sucesso do Programa  EDUCAMPO”
                     Palestrante: Luiz Gustavo Rabelo – Sebrae
Serão abordados os conhecimentos básicos sobre o gerenciamento de custos da empresa rural, apresentando, como um caso de sucesso, o projeto Educampo/Sebrae com uma alternativa de gestão para operacionalizar os conceitos e proporcionar uma nova metodologia administrativa. Serão discutidos os resultados já alcançados em termos de indicadores econômicos e de produção, a partir de dados coletados nos vários projetos ora em execução. Também serão repassadas informações complementares sobre funcionamento do Projeto Educampo e descritos os mecanismos de adesão que podem ser utilizados por grupos de produtores organizados.

10h30min – Estratégias de agregação de valor e aumento de renda
                      “Como mensuramos nossos custos e nossa eficiência”.
          Palestrante: José Luis dos Santos Rufino – Universidade Federal de Viçosa / Embrapa
Será mostrado que estabelecer o foco da atividade cafeeira é imprescindível para definir as estratégias mais promissoras para o sucesso da agregação de valor na cadeia produtiva do café. Isso porque, na dependência do conjunto das estratégias definidas, são diversas as exigências de recursos, arranjos organizacionais e habilidades para sua colocação em prática. Discutir-se-á, também, que mensurar custos e definir padrões de eficiência são necessidades iniciais desse processo.

14h – Mercado Florestal e introdução ao seqüestro de carbono  “Opções de diversificação”
          Palestrante: Ricardo Steinmetz Vilela – APFLOR
Serão apresentados serão a solidez do setor florestal, e as boas perspectivas de retorno em longo prazo; os números do setor no Brasil e em MG; Comparação de retorno financeiro entre culturas: eucalipto,café, milho, outras; Estudo de caso da Fazenda Bela Vista, que saiu da pecuária e hoje produz madeira; Alternativas para o plantio florestal convencional; Sistemas Agroflorestais e o Cedro Australiano; Seqüestro de Carbono, a desmistificação do processo como negócio, uma vez que muitos proprietários rurais vêem o seqüestro de carbono como forma de financiamento para seus empreendimentos.
15h –  Licença Ambiental é uma obrigação. “Todo cuidado é pouco”                                                                   Palestrante: Ten. Julio Cezar Vilela Pereira  – Policia Militar de MG                    Participar os produtores e empresários sobre a educação ambiental. Dar a clara noção do que significa licenciamento ambiental de uma cafeicultura (empreendimento potencialmente poluidor), esclarecer sobre as sanções que poderão advir do não licenciamento da cafeicultura, entre outros comentários pertinentes em abordagens muito mais benéficas aos produtores do que “maléficas” ao bolso dos produtores.

16h30 – Painel – Novidades tecnológicas de manejo de Irrigação
          
Aprimoramento do Sistema de  Produção de Café Irrigado       
Palestrante: Antônio Fernandes Guerra – Pesquisador da EMBRAPA – Cerrados
O atual sistema de produção de café irrigado necessita de tecnologias adequadas para racionalizar a atividade e garantir a competitividade do produto nos mercados interno e externo. O uso do estresse hídrico para sincronizar o desenvolvimento das gemas reprodutivas e o equilíbrio nutricional, notadamente a aplicação de fósforo em doses e épocas adequadas, determinam floradas e maturação uniformes e crescimento adequado para garantir produtividades todos os anos reduzindo os efeitos da bienalidade de produção.
 
Manejo da irrigação fora do período de estresse hídrico.
Palestrante: Omar Cruz Rocha – Pesquisador da EMBRAPA – Cerrados 
A racionalização do uso de água é fundamental para que o cafeeiro se desenvolva adequadamente. Fora do período de estresse hídrico controlado é fundamental que as plantas recebam água no momento certo e em quantidades adequadas. Manejar as irrigações significa suprir as necessidades hídricas do cafeeiro equilibrando a quantidade de água e ar nos espaços porosos do solo para que as plantas possam expressar seu potencial de crescimento e produção.

Efeito do estresse hídrico no desenvolvimento do cafeeiro
Palestrante: Gustavo Costa Rodrigues – Pesquisador da EMBRAPA – Cerrados
Quando irrigado adequadamente durante todo o ano, o cafeeiro apresenta baixa taxa de crescimento, porém contínua. Nessa situação, ocorrem três a quatro florações dependentes das variações climáticas, uma vez que os nós, onde se desenvolvem as gemas reprodutivas são formados durante todo o ano. Quando submetido a estresse hídrico adequado, a taxa de crescimento tende a zero durante o período de estresse, mas após o retorno das irrigações, ocorre crescimento compensatório determinando um crescimento vegetativo superior ao do cafeeiro irrigado durante todo o ano. Desse modo, o cafeeiro sujeito a estresse hídrico controlado apresenta maior crescimento de ramos.

Inscrições para palestras

As inscrições para palestras do XV Seminário do Café podem ser feitas na ACARPA ao custo de R$ 50,00 o pacote e a diária a R$ 20,00. Pequenos produtores de café e outras culturas poderão se credenciar para assistir gratuitamente as palestras na Acarpa, Coopa, Secretaria de Agricultura, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Expocaccer e revendas parceiras do Seminário do Café do Cerrado. Telefone para contato (34) 3831-8080.