Expectativa para junho é menor, mas deve atingir os 100 milímetros; quinta-feira (6) volta a chover
Jornal de Marília
O volume de chuvas do mês de maio ultrapassou a média histórica em 118% este ano. De acordo com registros da Coopemar (Cooperativa de Cafeicultores de Marília), choveu 153 milímetros no mês, que tem média histórica de 70 milímetros. Segundo o agrônomo Aurélio Giroto, maio deste ano bateu o de 2009 que detinha, até então, o recorde de 106 milímetros.
“Em 2009 choveu todos os meses do ano, em alguns deles acima da média esperada. Durante o ano foram registrados 2.200 milímetros, quando normalmente a região costuma ter 1.400 milímetros anuais”, lembrou.
Na agricultura, o setor cafeeiro, em plena safra, vem sofrendo com as frequentes chuvas. Só no último domingo (2) foram 40 milímetros, volume que, segundo Giroto, não foi nada benéfico para os produtores.
“Os grãos que já estavam no pé, bem maduros, provavelmente caíram todos e até que os produtores recolham esses grãos é inevitável que perca a qualidade desejada por conta da fermentação”, destacou.
Ainda segundo o agrônomo, apenas os produtores que estão estruturados com secadores e não dependem apenas dos terreiros é que não estão tendo prejuízos com as intempéries. Porém, a expectativa é que o mês de junho seja de estiagem e que a colheita possa prosseguir sem maiores problemas.
“A média histórica para junho é de 60 milímetros, mas no ano passado registramos 147 no município. Esperamos que esse número não se mantenha e que o mês seja mais tradicional, com tempo mais seco”.
Segundo o IPMET (Instituto de Pesquisas Meteorológicas da Unesp de Bauru), a previsão para os próximos dias é de temperaturas amenas, com mínimas de 15ºC e máximas de 26ºC. Na quinta-feira (6) há possibilidade de chuvas por conta de uma frente fria que se aproxima do estado.
Para a meteorologista do instituto, Rita Cerqueira Lopes, a tendência para este mês é que as chuvas diminuam gradativamente, porém o maior volume registrado em maio é considerado normal. “É um mês de transição entre outono e inverno, por isso há meses de maio que são mais chuvosos e outros mais secos, mas o volume registrado esse ano está dentro da normalidade”, destacou.