Os preços locais do café permanecem em níveis elevados. Em dezembro, os preços do café
arábica e conilon aumentaram 9,7% e 12,5%, respectivamente
Por Rabobank
O Brasil exportou 39,2 milhões de sacas (60 kg) de café em 2023, praticamente estável em comparação com 2022 (-0,4%). Os embarques se recuperaram no segundo semestre após um início lento. Segundo o Cecafé, o desempenho poderia ter sido até 2 milhões de sacas maior se não fossem os desafios logísticos no porto de Santos (atrasos nos procedimentos de embarque).
As exportações de conilon se destacaram, atingindo 4,7 milhões de sacas, um notável
aumento de 212% em relação a 2022. Com limitações na oferta global e preços mais
atrativos (no Brasil), os recentes incidentes no Mar Vermelho (a principal rota marítima
entre a Ásia e a Europa) devem ampliar a demanda pelo conilon brasileiro nas próximas
semanas.
A relação de troca em janeiro teve uma leve piora, sendo necessárias 2,2 sacas (60 kg) de
café para comprar 1 tonelada de fertilizante (fórmula 20-05-20), um aumento de 5% em
relação ao mês anterior. No entanto, continua 21% menor do que em janeiro de 2023
(quando eram necessárias 2,8 sacas de café para comprar 1 tonelada de fertilizante).
Os preços locais do café permanecem em níveis elevados. Em dezembro, os preços do café arábica e conilon aumentaram 9,7% e 12,5%, respectivamente, em relação ao mês anterior.
Em janeiro, tanto o arábica quanto o conilon cresceram 1,1% e 6,4%, respectivamente, em
relação ao mês anterior. No caso do arábica, a volatilidade está relacionada ao clima no
Brasil e aos baixos estoques certificados (no entanto, a quantidade pendente de aprovação
continua a aumentar – até 24 de janeiro, eram 54 mil sacas). Para o conilon, os preços se
valorizaram devido à crescente demanda doméstica e global, impulsionada pela resistência dos produtores vietnamitas em vender seus cafés e pelos recentes incidentes no Mar Vermelho, rota importante para o comércio entre a Ásia e a Europa.
Em dezembro as chuvas nas regiões produtoras de café retornaram, mas o volume
permaneceu abaixo das médias históricas. O clima de janeiro apresentou um cenário misto, com algumas regiões registrando precipitação acima da média e outras abaixo. Apesar das chuvas recentes, os volumes acumulados permanecem abaixo das médias históricas.
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