fonte: Cepea

VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

18/07/2013, Sou Agro


Realizado a cada dois anos, o Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil deve chegar à sua oitava edição, na cidade baiana de Vitória da Conquista, entre os dias 25 e 28 de novembro. Realizado no campus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e promovido pelo Consórcio Pesquisa do Café, que é coordenado pela Embrapa Café, o evento terá como tema neste ano “Pesquisa Cafeeira – Sustentabilidade e Inclusão Social”.


O objetivo do evento é promover ampla discussão com a comunidade científica e com representantes dos diversos setores da cadeia produtiva do café sobre conceitos modernos de produção para estimular debates permanentes de temas relacionados ao agronegócio café, que visem a garantir o aumento da competitividade, melhoria da qualidade do produto e a sustentabilidade do setor cafeeiro, com inclusão social.


Durante o simpósio, acontecerão três palestras com os temas : avanços e desafios do consórcio pesquisa café, tendências de consumos e novas oportunidades para os cafés do Brasil e tecnologia aplicadas à sustentabilidade da cafeicultura. Além disso, haverá três oficinas, minicursos e mesas redondas. O evento também terá apresentação oral de trabalhos, sessões de pôsteres e visitas técnicas em regiões produtoras da Bahia mediante adesão de interessados.


Os pesquisadores que possuem o café como objeto de pesquisas científicas e desejam expor os seus trabalhos científicos durante o simpósio deverão enviar os resumos dos trabalhos, pelo site do evento (http://www.simposiocafe.sapc.embrapa.br), até o dia 31/07. A comissão científica do simpósio divulgará o resultado no dia 04/10.


Serviço


Data: 25 a 28 de novembro
oOnde: Vitória da Conquista (BA)
Local: Campus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
Mais Informações: VII Simpósio Pesquisa dos Cafés do Brasil

Mais Notícias

Deixe um comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

O VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil foi aberto na noite desta segunda-feira, 22 de agosto, em Araxá (MG). Os resultados de trabalhos desenvolvidos há 14 anos pelo Consórcio Pesquisa Café foram ressaltados na abertura do evento que vai discutir o cenário atual e as perspectivas futuras do agronegócio café brasileiro. “Este evento que está sendo realizado é uma construção coletiva das instituições consorciadas”, destacou o presidente da comissão organizadora do Simpósio, Gladyston Rodrigues Carvalho.

Na cerimônia de abertura, foram apresentados dois novos serviços do Consórcio: o portal na internet (www.consorciopesquisacafe.com.br) e o vídeo institucional de apresentação desse arranjo. Também com apoio do Consórcio Pesquisa Café, foram lançados os livros “Café Arábica – Da colheita ao consumo”, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, e “Infraestrutura mínima para produção de café com qualidade – opção para cafeicultura familiar” de autoria do pesquisador da Universidade de Viçosa, Juarez Souza e Silva.


O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, abriu a cerimônia falando que o Consórcio Pesquisa Café, criado há 14 anos por iniciativa de 10 instituições de pesquisa das principais regiões produtoras, é um arranjo fantástico no sentido de unir esforços e competências em prol do agronegócio café brasileiro. “Neste momento, é hora de definir focos prioritários, uma agenda estratégica para os próximos dez anos, além de enfocar fortemente nos gargalos e investir em parcerias público-privadas”.


O secretário da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Elmiro Nascimento, disse que este é um momento de muita importância para o café de Minas Gerais. O secretário destacou a posição de Minas Gerais no contexto do agronegócio nacional: “Hoje Minas Gerais detém quase 13% do agronegócio brasileiro e o agronegócio representa um terço da riqueza gerada em nosso Estado. O agronegócio está fazendo Minas crescer cada vez mais e o café sempre foi o carro chefe do agronegócio mineiro. O café é o segundo maior produto de Minas, perde apenas para a mineração”. O secretário concluiu parabenizando os participantes do Simpósio: “Parabéns a vocês que cada vez mais estão fazendo um café com mais qualidade. Debates como os que certamente vão acontecer aqui são muito importantes para que tenhamos o melhor café do mundo”, finalizou.


O presidente da EPAMIG, Antônio Lima Bandeira, falou também em nome das instituições organizadoras do Simpósio, instituições comprometidas com a causa do agronegócio café: “Todas as instituições sempre realizaram a sua missão com total dedicação, total compromisso. Em nome dessas instituições agradeço a confiança do Consórcio Pesquisa Café, que nos deu a honra de organizarmos este Simpósio”. Bandeira ratificou a fala do diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes, em relação ao fortalecimento do Consórcio Pesquisa Café: “Concordo com Pedro Arraes e digo que temos que redefinir, repensar o papel do Consórcio para que ele atue de forma mais ampla e participativa”, concluiu o presidente da Epamig.


O prefeito de Araxá, Geová Moreira da Costa, falou da honra em receber este evento na cidade, pois “a história do café passa por Araxá”, segundo ele. E destacou: “Precisamos fazer aquilo que o líder maior de Minas Gerais, o governador Antonio Anastasia, tem preconizado: Nós precisamos agregar valor ao que produzimos; precisamos trabalhar para manter e superar o Brasil como maior produtor de café do mundo. Mas as ações têm que ser conjuntas: municípios, estados e governo federal. O nosso desafio continua transformar o conhecimento em capital financeiro para todos”, concluiu o prefeito de Araxá.


Por fim, a conferência oficial de abertura do evento discorreu sobre “Articulação em redes de pesquisa e novas fronteiras do conhecimento” e foi proferida pelo professor associado da Fundação Dom Cabral (FDC) e coordenador do Núcleo de Gestão em Agronegócio da FDC, Alberto Duque Portugal.


Portugal iniciou sua fala destacando o modelo inovador do Consórcio Pesquisa Café, criado com uma visão à frente do seu tempo formando alianças estratégicas para enfrentar os desafios complexos na área de ciência e tecnologia, o que tem permitido à pesquisa em café acompanhar as mudanças da economia do conhecimento e da inovação. “O conhecimento tem uma dinâmica de produção que tende ao infinito. O desafio hoje, no que diz respeito ao universo das redes de pesquisa, é dominar áreas que estão na fronteira do conhecimento como biotecnologia, nanotecnologia e microeletrônica, aplicando-as à cadeia do café, e estreitar laços com o mercado, produtores e associações. Nesse processo, devemos estar atentos às possibilidades oferecidas pelas redes sociais”, apreciou o conferencista.


O conferencista também traçou um paralelo entre a realidade e perspectivas do agronegócio brasileiro, sua produção, crescimento e importância, com os desafios do Consórcio Pesquisa Café, como arranjo focado na produção de demanda para o mercado mundial. Para Portugal, a tendência que se observa atualmente, de crescimento da população urbana em detrimento da população rural e da concentração da produção, ainda pode ser revertida com iniciativas que prendam o homem ao campo, garantido renda e sustentabilidade para seus negócios.


O Consórcio Pesquisa Café entra como importante componente nesse momento, a partir da geração não só de pesquisa, mas, acima de tudo, de inovação. Entre os assuntos abordados, Portugal destacou os desafios de macro tendência do agronegócio café: renda, subsídio, capacitação contínua, multidisciplinaridade, qualidade do produto, impactos da economia etc. “Sem renda, por exemplo, fica difícil para o produtor inovar, que é uma exigência cada vez maior do mercado. Além disso, nesse processo de inovação é necessário levar os resultados da pesquisa ao cafeicultor. Demonstrar que existem tecnologias ou sistemas de produção rentáveis e acessíveis”, diz o professor.


Presença de autoridades – Estiveram presentes o reitor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Antonio Nazareno Guimarães Mendes, o diretor executivo da Organização Internacional do Café, José Dauster Sette, e o presidente da Emater-MG, Maurílio Soares Guimarães, entre outros.


Mais sobre o evento – Serão apresentados de cerca de 350 trabalhos científicos. “É uma oportunidade de reunir a comunidade científica envolvida em trabalhos com café, de forma a propiciar um fórum muito especial para a reavaliação das linhas de pesquisa, identificação de problemas emergentes e a formação de equipes multidisciplinares de pesquisa. Além disso, ao reunir também os diversos setores do agronegócio café, torna-se excelente ambiente para a integração das indústrias e do setor privado da produção à pesquisa, quer seja pela identificação de demandas, quer seja pela formação de parcerias estratégicas”, destaca o gerente geral da Embrapa Café, Paulo César Afonso Junior.


O objetivo é divulgar e discutir os avanços conseguidos no desenvolvimento de conhecimentos, tecnologias e produtos em prol do agronegócio café e prospectar demandas de pesquisa futura. A programação conta com apresentação de seis palestras, cinco mini-cursos para atualização tecnológica, dez painéis de discussão de temas relevantes para a pesquisa, além de apresentação de trabalhos científicos e lançamento de livros.


Estão presentes renomados pesquisadores e expoentes do agronegócio para a discussão de diversos temas de destaque na atualidade cafeeira. O evento já faz parte da agenda brasileira de desenvolvimento científico e tecnológico desde 2000, quando foi realizado o primeiro evento pelo Consórcio Pesquisa Café.


 


Texto: Flávia Bessa, Cristiane Vasconcelos e Rose de Oliveira

Mais Notícias

Deixe um comentário

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.