1/8/2009
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Donos de pequenas fazendas e trabalhadores rurais do interior da Bahia aproveitam o tempo seco para secar os grãos de café colhidos na última safra.
Para os moradores da região de Anagé, os grãos representam aquecimento na economia e oportunidade de trabalho. De maio a agosto, a zona rural da cidade recebe centenas de caminhões carregados de café recém-colhido. Vindo de cidades como Vitória da Conquista e Barra do Choça, o café é secado em terreiros de pequenas propriedades, onde encontra a atmosfera ideal.
“Como em Anagé nós temos esse clima quente e seco, o café fica mais propício para ser secado, justamente por causa da questão da umidade. A secagem é mais rápida e barata”, explica o engenheiro agrônomo Rodrigo Haum.
O clima apropriado atrai muita gente disposta a transportar o café e garantir mais qualidade na hora de vender. Durante o período de secagem, cada terreiro recebe em média 80 caminhões carregados de café. Durante os quatro meses da temporada, são mais de 3,5 mil toneladas de café levadas para a região de Anagé.
O cálculo é do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Anagé, onde mais de 80% da população vive no campo. A secagem do café garante o sustento de muitos trabalhadores. “Acaba gerando renda e aquece a economia”, declara Rui Amaral, representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
Quem trabalha nos terreiros ganha em média R$ 20 por dia. Augusto Rocha passa o resto do ano esperando a época da secagem. “Chega o mês de maio e todo mundo fica ansioso para trabalhar”.