A implantação de uma tecnologia local para produção do café é apontada por João Lopes Araújo, presidente da Assocafé, como algo que poderá ajudar o aumento da produtividade dos cafeicultores baianos “Isso vai permitir que a gente saia da média atual de 40 a 45 sacas por hectare e volte para a média de 75 sacas que a gente já teve há poucos anos”.
Araújo é otimista quanto à cafeicultura brasileira e afirma que os problemas atuais serão resolvidos em breve. Ele cita o preço dos adubos, que tem subido bastante e o problema dos produtores que adubaram pouco no ano passado e tiveram queda na produtividade este ano. Ainda assim, ele diz que com a queda do preço do petróleo os preços do adubo também devem cair. “Com essa melhoria do câmbio, que no ano passado estava em 1,68 dólar e que este ano estamos pelo menos acima de 1,90 dólar, eu acho que vamos conseguir um preço acima de R$ 300 a saca, que é a opção que o governo está sugerindo para novembro, que irá permitir a recuperação de renda do produtor”.
Araújo cita também um problema sério para cafeicultores de todo o Brasil, que é uma dívida antiga que impacta muito sobre o custo do produtor “Isso tem que ser resolvido, mas acho que agora, com esse novo horizonte que temos, vamos chegar a um nível em que o produtor poderá ter alguma renda”.