Viagem ao Vale do Café

‘Café, Cachaça e Chorinho’, evento que se realiza pala 8ª vez, tem, entre outras atrações, degustações, apresentações do gênero, teatro e dança

2 de abril de 2011 | Sem comentários Especiais Mais Café

Rio – Dar visibilidade ao Vale do Café fluminense para inseri-lo no circuito nacional de turismo é o objetivo do 8º Circuito Café, Cachaça e Chorinho, que acontece desde ontem e vai até o dia 10, na região do Vale do Café do Estado do Rio, segundo informou o presidente do Conselho de Turismo da Região do Vale do Café, Paulo Roberto dos Santos. O evento conta com degustações, concursos e workshops gastronômicos, roteiros de visitação aos alambiques e fazendas históricas, feijoadas com rodas de capoeira, apresentações de chorinho, de teatro e dança e exposição de artes visuais.


Paulo Roberto afirma que o evento busca valorizar a gastronomia, a música, a arquitetura e suas origens históricas. “Nosso potencial turístico é fantástico. Temos que aproveitá-lo como ingrediente para o desenvolvimento econômico e social da região. É a hora de mostrar ao País esse período da história que ficou esquecido pela República. Nossa região é única. Oferece a exuberância da Mata Atlântica e a suntuosa arquitetura rural do Ciclo do Café com suas fazendas, casarões e senzalas. Com o circuito buscamos consolidar nossa identidade musical, que é associada ao chorinho e ao patrimônio do século 19”.


Organizado em parceria com o Sebrae/RJ, o 8º Circuito Café, Cachaça e Chorinho tem sua programação distribuída por diferentes roteiros. Aqui, um deles: o Caminho dos Tropeiros, em Paty do Alferes. Lá o visitante encontra a Fazenda Boa Esperança, onde conhecerá belo acervo de móveis e objetos de época, moinho de milho movido a roda d’água e, ainda, degustará doces produzidos na fazenda, como os de goiaba, batata-roxa e abóbora e geleias de jabuticaba, goiaba e amora, produzidos há mais de 50 anos e hoje são saboreados pelos visitantes da fazenda ou clientes de restaurantes como o Papasorda (Leblon); Da Vinci (Tijuca), Quinta Gril e Real Village (São Cristóvão).


Ainda em Paty, a Fazenda Manga Larga, que pertenceu ao Barão de Paty do Alferes e está localizada à beira do Caminho Novo da Estrada Real. O almoço oferece uma suculenta feijoada com roda de samba e, numa parceria com outras quatro pousadas, garante a hospedagem de todos. A viagem prossegue com o roteiro “Cana e Leite” no município de Miguel Pereira, onde, na Estação Ferroviária, a recepção é feita por artistas caracterizados com roupas de época. Haverá sarau, exposições como a que conta a história do café na região e o visitante poderá participar de um workshop sobre o produto, conhecer técnicas para sua degustação. Terá aula de dança e ouvirá muito chorinho.


Cachaça Magnífica atrai o visitante do circuito


Outra etapa do roteiro é a visita à Fazenda do Anil, localizada na divisa com Vassouras, para conhecer a famosa Cachaça Magnífica, eleita a quinta melhor do País pelo ranking da revista Playboy de 2009. Produzida desde 1985, a cachaça foi batizada com a marca em 1997. Hoje faz sucesso com as tradicionais branquinhas e envelhecidas, além da excelente Reserva Soleira. Parte da produção é exportada para a Alemanha, Suíça, Grécia e Inglaterra.


A etapa seguinte é o Roteiro dos Barões, em Vassouras, com uma visita ao Centro Histórico e à Casa de Cultura, onde estarão as exposições “Cafés do Brasil – Ziraldo”, doada à Casa de Cultura pelo Museu do Café e que marca o reencontro do cartunista e escritor Ziraldo com o café, cuja origem remonta ao final da década de 60, época de um Brasil abarrotado de café e um artista que se firmava dentro e fora do país. A exposição é composta por 21 pôsteres, com tema café. A outra é o trabalho de Mônica Lisboa em cerâmica fria, que retrata as faces negras de uma era marcante da história cafeeira do Brasil.


 

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