fonte: Cepea

Venezuela se caracteriza pela tradição do consumo do café

27/08/2009  – Visitar uma casa, escritório ou local de convivência e ser brindado com um café é um costume muito arraigado na Venezuela, porém o protocolar detalhe quase sempre vem acompanhado de uma frase: “esse é o melhor do mundo”.

Se for o melhor ou não do planeta, o rei entre os seus iguais, isso pode gerar dúvida, mas o que pode deixar o consumidor um pouco pensativo são as variantes que ele assume nesse país, como guayoyo, guayoito, negro claro, negro grande, marrom claro, tetero, mocachino, tinto, carajillo, guarapo, tinto, cappuccino, entre muitos outros.

Enfim há para escolher, porém na maioria de suas modalidades há uma transparência que coloca em perigo a antiqüíssima lenda caribenha sobre a insônia que beber café após às 18 horas provocaria. Recentemente, esse produto ocupou um espaço nos meios de comunicação de massa ao apresentar uma campanha sobre o suposto desabastecimento no mercado venezuelano, algo que gerou temor entre seus aficionados, que asseguram que sem um bom cafezinho pela manhã o dia se torna perdido.

Muito além da dor de cabeça, da ansiedade, sensação de cansaço, tremor nas mãos e falta de concentração, o café se impõe pela tradição. O café na Venezuela tem uma presença verificada desde 1730, quando foram plantadas as primeiras mudas procedentes do Brasil. Antes de chegar ao continente, o produto já era plantado em Guadalupe e Martinica. Inicialmente, a Venezuela teve plantios de café em Chacao, próximo de Caracas, e em 1784 se estendeu para todo o país, com mais força para localidades como San Antonio, Las Minas, Aragua, Barcelona, Carabobo, Cumaná, Rio Caribe, Trujillo, Mérida e Táchira.

Em 1896, o café já era o principal produto de exportação da Venezuela, que era, então, o segundo maior produtor mundial e o primeiro de cafés do tipo suave. Na década de 20 do século passado, a superprodução cafeeira brasileira, as guerras e a depressão econômica, fez com que o famoso café venezuelano perdesse sua coroa.

Mesmo sem ser hoje um grande produtor do grão, é difícil que um venezuelano comece a sua jornada sem um café ou que encerre seu almoço sem tomar o tradicional tinto, equivalente ao cafezinho brasileiro, sendo que o café é possível ser bebido nos mais requintados restaurantes de Caracas ou mesmo em tendas de ambulantes, localizadas nas ruas movimentadas entre camelôs.  As informações partem da AgnoCafé noticiou o Café e Mercado.


 

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