Com as chuvas que atrasaram a colheita da safra 2012/13, os cafeicultores podem estar “segurando” cerca de 70% dos grãos obtidos no ciclo, na espera por preços maiores.
Guilherme Braga, diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), disse hoje em entrevista durante a reunião da Organização Internacional do Café, em Londres, que os produtores no Brasil continuarão a segurar o grão porque não veem a necessidade de vender.
Braga acredita que o volume de café que ainda está nas mãos dos produtores não deve resultar em preços mais baixos, mesmo quando os países da América Central iniciarem a colheita no próximo mês.
O Cecafé estima que a safra brasileira pode chegar a 54 milhões de sacas nesta temporada em curso em 2012/13. As chuvas acima da média em junho e julho atrasaram a colheita em cerca de 20 dias, disse Braga. Isso resultou em vendas baixas no período de julho a setembro, usualmente o pico da cultura, e menores exportações. Os embarques brasileiros deverão recuar para até 29 milhões de sacas, em 2012, ante as 33 milhões embarcadas em 2011, estima.
“O produtor está bem capitalizado e pensa, ou tem o sentimento, que os preços no futuro serão melhores que os atuais”, afirmou. “A próxima safra será de ciclo de baixa e para os produtores sinaliza preços firmes”.
Os futuros do café arábica negociados na bolsa de Nova York recuaram 24% este ano, principalmente em função de uma safra grande no Brasil. A commodity é a que registrou, este ano, a pior performance do índice GSCI composto por 24 tipos de matérias-primas. A produção brasileira provavelmente deve ficar entre 47 milhões e 49 milhões de sacas no ciclo 2013/14, de acordo com o diretor geral do Cecafé.
Fonte: (Bloomberg News)
25/09/2012
Com as chuvas que atrasaram a colheita da safra 2012/13, os cafeicultores podem estar “segurando” cerca de 70% dos grãos obtidos no ciclo, na espera por preços maiores.
Guilherme Braga, diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), disse hoje em entrevista durante a reunião da Organização Internacional do Café, em Londres, que os produtores no Brasil continuarão a segurar o grão porque não veem a necessidade de vender.
Braga acredita que o volume de café que ainda está nas mãos dos produtores não deve resultar em preços mais baixos, mesmo quando os países da América Central iniciarem a colheita no próximo mês.
O Cecafé estima que a safra brasileira pode chegar a 54 milhões de sacas nesta temporada em curso em 2012/13. As chuvas acima da média em junho e julho atrasaram a colheita em cerca de 20 dias, disse Braga. Isso resultou em vendas baixas no período de julho a setembro, usualmente o pico da cultura, e menores exportações. Os embarques brasileiros deverão recuar para até 29 milhões de sacas, em 2012, ante as 33 milhões embarcadas em 2011, estima.
“O produtor está bem capitalizado e pensa, ou tem o sentimento, que os preços no futuro serão melhores que os atuais”, afirmou. “A próxima safra será de ciclo de baixa e para os produtores sinaliza preços firmes”.
Os futuros do café arábica negociados na bolsa de Nova York recuaram 24% este ano, principalmente em função de uma safra grande no Brasil. A commodity é a que registrou, este ano, a pior performance do índice GSCI composto por 24 tipos de matérias-primas. A produção brasileira provavelmente deve ficar entre 47 milhões e 49 milhões de sacas no ciclo 2013/14, de acordo com o diretor geral do Cecafé.