As variações climáticas ocorridas recentemente no Brasil, especialmente a seca atípica dos últimos meses, exigem do produtor rural, além de criatividade, a busca de novas alternativas para as culturas. Na produção de café não é diferente. Diante desta realidade, a Feira Nacional do Café – Fenicafé 2014, apresenta na tarde desta quinta-feira (20/03) palestra com o tema Variedades de Café – A Visão da Extensão Rural, com Gianno Brito.
O palestrante, que é engenheiro agrônomo, vice-presidente da Associação dos Produtores de Café do Estado da Bahia – Assocafé (BA) -, cafeicultor e consultor há mais de 20 anos, versou sobre a importância da criação de novas variedades de café e como o profissional de extensão rural tem trabalhado no sentido de conscientizar o produtor, sempre utilizando dados de pesquisas e observações feitas nas novas lavouras, com experiências usando diferentes espécies. “É um trabalho que nós fazemos há mais de 20 anos, pois é muito difícil passar para o produtor essa adoção de novas tecnologias, como novos métodos de espaçamento e sobre as resistências dessas novas variedades”, disse Brito, ressaltando que o produtor tem certo receio de inovar, pois teme perder o investimento. “Às vezes até o próprio extensionista tem receio de oferecer a inovação ao produtor, mas o produtor não precisa ter medo. Ele precisa é ter o conhecimento pra poder inovar”.
Ainda de acordo com Gianno, existem materiais mais tolerantes às variações climáticas, inclusive diante da seca ocorrida nos últimos meses. “Na Bahia e no norte de Minas, em 2012, sofremos com uma seca pior que a desta região de Minas Gerais e conseguimos nos adequar usando estas novas variedades, como topázio, por exemplo, e materiais que toleram a granação comum nos meses de janeiro e fevereiro”, complementa. (Por Fernando Cunha – Ascom ACA)