USDA prevê alta de 10% na produção colombiana de café em 2014/15

20/05/2014
 
São Paulo, 20 – A produção de café da Colômbia deve somar 11,9 milhões de sacas de 60 quilos em 2014/15, representando elevação de 10,2% em comparação ao período anterior (10,8 milhões de sacas). A estimativa é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). Os técnicos do USDA ponderam, no entanto, que o desempenho depende da manutenção das condições climáticas favoráveis. “Desde 2013 os padrões climáticos retornaram às condições normais, estimulando a recuperação da produção”, informa o USDA. Dados meteorológicos indicam, no entanto, que o fenômeno El Niño está no horizonte e pode criar condições de seca no segundo semestre de 2014.


O fenômeno de aquecimento das águas do Oceano Pacífico “poderia conter a recuperação da produção em curso, além de trazer impacto para a qualidade do grão e para a exportação”, afirmam os técnicos. Cerca de 300 mil hectares com café foram replantados na Colômbia desde 2010 (pouco menos da metade da área total cultivada com o produto), com variedades resistentes à ferrugem e perto de metade dessa área já está em fase produtiva.


De acordo com o USDA, os esforços dos produtores colombianos no replantio da cultura começam a mostrar resultados. A produção de café em março de 2014 alcançou 6 milhões de sacas, um aumento de 34% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção nacional voltou aos níveis históricos de 10 milhões de sacas, mas ainda está abaixo do pico de 2008, quando foram colhidas 12,5 milhões de sacas. O USDA estima que a Colômbia exporte em 2013/14 cerca de 10 milhões de sacas.


O volume pode subir para 11 milhões de sacas em 2014/15. O consumo interno deve ter crescimento marginal de 100 mil sacas entre 2013/14 e 2014/15, para aproximadamente 1,3 milhão de sacas. De acordo com o USDA, o consumo é impulsionado por um número crescente de cafeterias da marca ‘Juan Valdez’, ou por lojas criadas por meio de um consórcio privado com a Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia (Fedecafe).


Apesar dos subsídios do governo, os baixos preços do café, em particular entre 2012 e 2013, trouxeram desafios para os produtores da Colômbia, cujas dívidas cresceram com encargos. Os cafeicultores diminuíram investimentos em fertilizantes e controle de pragas. “A falta de investimentos pode provocar no curto prazo impacto negativo sobre o potencial produtivo do café replantado”, conclui o USDA.

Fonte: Agência Estado 

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