Dário Martinelli – Foi considerado o “pai do conilon” no Espírito Santo, em função de esforços feitos para superar a crise gerada, em São Gabriel da Palha, pelo Programa de Erradicação do Café do Governo Federal na década de 60.
Dário Martinelli – Foi considerado o “pai do conilon” no Espírito Santo, em função de esforços feitos para superar a crise gerada, em São Gabriel da Palha, pelo Programa de Erradicação do Café do Governo Federal na década de 60. Ele nasceu em Santa Teresa, em 1933, e começou sua trajetória política no final da década de 1960 como vereador em São Gabriel da Palha. Exerceu o cargo de prefeito do município por dois mandatos. Foi também deputado estadual e presidente da Cooabriel por dois mandatos (01-04-93 a 31-03-99). Faleceu em 03 de setembro de 2015.
Dário Martinelli, adotou o café conilon como causa. E tudo aconteceu, quando então prefeito de São Gabriel da Palha, na década de 70, assumiu a prefeitura em meio ao impacto provocado pelo Programa de erradicação geral do café, que resultou em um grande êxodo rural da região de São Gabriel da Palha (que tinha terras cultivadas com café bourbon). Preocupado com a realidade dos agricultores e na busca de socorrer o município quase sem receita, encontrou uma luz no fim do túnel com o café conilon.
Ficou sabendo de uma área de café localizada na região, que havia resistido à erradicação e que o café era resistente à ferrugem. Era o café conilon. Assim, adquiriu sementes da lavoura remanescente e formou na cidade, com a ajuda de técnicos, o primeiro viveiro de mudas desse café onde iniciou o incentivo de plantio doando mudas aos produtores, numa intensa, árdua, mas desafiante campanha de conscientização entre os produtores, que teve continuidade com o prefeito sucessor, Eduardo Glazar e apoio da indústria de café solúvel Realcafé, que estava sendo construída no Estado por iniciativa do empresário, Jônice Tristão.
Para incentivar o plantio tecnificado, Dr. Dário, implantou em seu sítio, a primeira lavoura técnica de conilon da história, com o plantio em curvas de nível.
A história de cultivo do café conilon, trouxe esperança aos produtores da região norte e noroeste capixaba que encontraram na cultura a “tábua de salvação” para a permanência no campo, na década de 70.
Além disto, estimulou a indústria, deslanchou, atravessou fronteiras, despertou a pesquisa a altas evoluções tecnológicas , movimentou a economia das cidades e o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, que tornou-se o maior produtor nacional da variedade.