UM DEDO DE PROSA NO DIA NACIONAL DO CAFÉ
Na última quinta-feira, dia 24 de maio, o País comemorou o Dia Nacional do café. A data é nova no calendário nacional e, para muitos, mesmo declaradamente apaixonados pela bebida, acaba passando despercebida. A idéia foi lançada há tempos pela Associação Brasileira da Indústria de café (Abic), e homologada oficialmente em abril de 2005, pelo Conselho Deliberativo de Política Cafeeira (Cdcp).
Como tudo nesse País, a comemoração tem um cunho comercial: Queremos que a opinião pública e os consumidores fortaleçam a imagem e o gosto pelo café, justifica Nathan Herszkowicz, diretor da entidade. Mas, mais que uma commodity que rende divisas, move pesquisas, o café mexe com o imaginário, o gosto e as paixões do brasileiro.
Não há nada ainda mais aconchegante – ao acordar – que uma fumegante xícara do pretinho com o gosto, a cara e todos os jeitos do Brasil. Há até quem não aprove o sabor da bebida, mas o cheiro, ah!, para esse não há comparação!
A agilidade da vida moderna tem arrumado substitutos para o café, especialmente entre o público mais jovem. Mas, a cadeia também é esperta e tem adaptado e criado receitas que deixam o cafezinho mais saboroso e sofisticado. E, com certeza, vão encontrar uma forma de despertar na moçada o prazer de se tomar um bom café. Vale a lembrar as recentes descobertas da ciência da saúde, de que toda vez que você toma seu cafezinho está contibuindo para seu bem-estar físico e mental.
As novidades, entretanto, exigem mudanças em todo o conjunto produtivo: da variedade que se quer produzir, da muda que se põe na terra, das tecnicas de manejo, colheita, secagem, beneficiamento….Até mesmo a xícara em que se serve a bebida. As de porcelana, segundo especialistas, combinam mais, além de serem mais românticas e conservarem melhor a temperatura.
No Paraná, a boa notícia que mobiliza a produção na agricultura familiar é a verba de R$ 344 milhões, já disponível no Banco do Brasil. O dinheiro, dividido com agricultores capixabas, deve ser utilizado até dezembro de 2010. Para os aventureiros, vai o recado: só terá projeto aprovado os produtores tradicionais na cultura, e com a obrigação de passarem por cursos de capacitação.