fonte: Cepea

Um café, por favor! – Marca da cultura popular brasileira, o cafezinho ganha status de bebida sofisticada com grãos especiais

11 de abril de 2006 | Sem comentários Barista Consumo
Por: O Regional online










Marca da cultura popular brasileira, o cafezinho ganha status de bebida sofisticada com grãos especiais
Da Redação

















Fotos: Carlos Ivan/Agência O Globo


A APRESENTADORA Baby sabe o que é bom: o café Proud, do Garcia & Rodrigues, expresso que atrai cada vez mais clientes










 



A EMPRESÁRIA Clara Vasconcelos gosta de café de todos os tipos, com chantilly ou com adoçante: “O up que dá é ótimo”
A hora do cafezinho é um momento de prazer no cotidiano de todos os brasileiros, dos mais pobres aos muito ricos.

Até aqueles que nem tomam café acompanham a conversa, a pausa para descanso e relaxamento.

Café para acordar, café para ler o jornal, café para botar a fofoca em dia, café depois do almoço, café para fechar um contrato.

Esse prazer tão brasileiro tem agora um status gastronômico que disputa até prêmios internacionais, como o Awards for Coffee Excellence, considerado o Oscar do Café, que a carioca Isabela Raposeiras venceu no ano passado, na categoria Jovem Empreendedor.


CURSO PARA UM CAFÉ DIVINO

Isabela, uma premiada barista (misto de barman com sommelier de café), venceu o Oscar do café, concedido pela Associação Européia de Cafés Especiais, por ter inaugurado o seu próprio Centro de Barismo, o primeiro centro para estudos de café do país e escola, em São Paulo.

Agora, para festejar o Dia Internacional do Café (14 de abril), Isabela volta ao Rio para ministrar um minicurso de barismo no Mosteiro de São Bento, a partir do dia 17, com aulas de degustação, blends, conceito de arte, produção e apreciação de bons grãos.

As aulas para iniciados ou simples amantes da bebida, de manhã ou à tarde, na Casa de Emaús (hospedaria do mosteiro), dão direito a assistir antes às missas com cântico gregoriano.

Tudo para entrar no clima místico do café, cujas propriedades estimulantes foram descobertas por monges no século VI, segundo o beneditino D. José, um apreciador da bebida e incentivador do curso no mosteiro.

A sofisticação vai conquistando mais e mais adeptos. A apresentadora Baby, de 31 anos, por exemplo, toma café desde que estudava à noite (aos 14 anos) para as provas do colégio.

O efeito ‘ligante’ começou a ser muito apreciado e agora ela aprendeu a amar também o sabor do café.

“Gosto de convidar meus amigos para tomar um café, gosto de passar um café em casa e ficar conversando na cozinha e gosto de ira a lugares chiques como o Garcia & Rodrigues tomar um café sofisticado sozinha ou durante uma reunião de trabalho”, diz.

A empresária Clara Vasconcelos costuma dizer que só acorda depois de tomar um café preto puro, numa xícara grande, com adoçante. Sem este ela não vive.

Os outros são de festa, como o com chantilly no restaurante Eça, cheios de bossa, acompanhados de chocolates.
O chef Christophe Lidy, do Garcia & Rodrigues, fez o curso de barismo, mas comenta que é preciso praticar diariamente para conquistar um bom café.

Ele diz que os brasileiros estão aprendendo a sofisticar o hábito tão popular. “Tanto que tem gente que vem aqui só para tomar café e mais nada. Café puro e sem açúcar”.


O SEGREDO DO BOM CAFÉ

Os grãos.
Para a barwoman e somelier Deise Novakoski, do Eça, o melhor café é o moído na hora. Ela tem moenda em casa e recomenda grãos do Armazém do Café ou selos de qualidade da BSCA.

Os coadores. O barista Marcelo Pereira Lopes, dono da Blends no Shopping Rio Sul, ensina que o coador de pano preserva mais o sabor e os óleos do café. Mas as cafeteiras italianas, tipo Moka, são as melhores para o bom café caseiro.

A água. Para Marcelo, a água deve ser fervente, sem ferver. Não mexer o café que está filtrando.

O curso. O curso do Mosteiro de São Bento custa R$ 380. Informações: Livraria Lumen Christi (2206-8100).

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