Com mais de 2 milhões de produtores ainda fora do sistema, país tenta cumprir exigências ambientais do maior comprador do seu café
Uganda está em contagem regressiva para registrar todos os seus cafeicultores até o fim de 2025 e atender às exigências do novo Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR), que obriga a rastreabilidade total do café exportado para o bloco. Até o início abril, apenas 30% dos produtores haviam sido cadastrados. A informação é da Farmers Review Africa, revista africana de agricultura e agronegócio.
O governo destinou US$ 3,75 milhões no orçamento de 2024/2025 para criar um Sistema Nacional de Rastreabilidade, mas o custo total estimado ultrapassa os US$ 9 milhões. O mapeamento inclui geolocalização das propriedades e, no caso de fazendas maiores, a criação de polígonos digitais.
O temor de que o registro aumente a carga tributária tem gerado resistência entre agricultores, mas autoridades garantem que o objetivo é exclusivamente regulatório. A União Europeia responde por 60% das exportações de café do país — um mercado que Uganda não quer perder.
“O café nunca nos decepciona”, disse o ministro Fred Kyakulaga à publicação. “Se dobrarmos a produção, dobramos nossas exportações.”
Fonte: Farmers Review Africa
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