[01/06/2006]
O efeito da seca sobre as plantas ganha um projeto em rede “Proteopar”,que conta com o trabalho de pesquisa do Centro de Biotecnologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). A universidade entra como laboratório associado no estudo que envolve a participação de oito laboratórios, coordenados pela Universidade Federal do Paraná (UFPr) e Iapar. As pesquisas do projeto usam como planta-módulo o cafeeiro, por se tratar de uma planta de expressão econômica nacional, segundo o professor Ricardo Ayub, do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da UEPG.
Para o desenvolvimento da pesquisa, a UEPG recebeu recursos na ordem de R$ 100 mil, entre equipamentos e material de consumo. O laboratório recebeu equipamentos, como analisador de imagens, scanners, cuba e fonte de eletroforese de proteínas. O professor Ricardo Ayub explica que os equipamentos permitiram o início dos trabalhos de pesquisa na UEPG, que terminam com a identificação das proteínas da planta nos laboratórios da UFPr. A expectativa é da conclusão do projeto no início de 2007. Na UEPG, o projeto conta com a participação de alunos da graduação e da pós-graduação (mestrado).
Das pesquisas participam os laboratórios do Iapar e Embrapa (Londrina), das universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), de Cascavel (Unioeste), e dois laboratórios da UFPr. Destacando a importância da presença da UEPG na pesquisa, o professor Ricardo Ayub observa que a escolha do cafeeiro ainda tem como base a larga experiência do Iapar nos estudos sobre a espécie. Outro ponto assinalado é a presença do Iapar no projeto Genoma-Café, que permitirá uma complementação de resultados. “Esses resultados vão permitir uma compreensão da fisiologia da planta submetida ao estresse hídrico (falta de água)”, explica Ayub.
Qualidade
Ricardo Ayub explica que a UEPG foi convidada para integrar o projeto por já contar com outros projetos como o Genoma Paranaense, quando foi seqüenciado o genoma da bactéria herbaspirillum seropedica, que se encontra em fase de conclusão e com a expectativa da publicação dos resultados. Para o professor Ayub, os recursos que chegam permitem equipar e dar qualidade aos trabalhos desenvolvidos no Centro de Biotecnologia da UEPG. “A partir desses investimentos espera-se que outros professores e pesquisadores se unam a nós na realização de trabalhos de pesquisa, na busca de resultados que beneficiem não só a agricultura, mas também outras áreas”.
Para o professor Ricardo Ayub, a formação de parcerias é importante para o desenvolvimento de projetos de pesquisa na instituição. “O trabalho de pesquisa permite a troca de experiência entre profissionais das diferentes áreas do conhecimento e representa um suporte para os estudantes na realização de pesquisas em laboratórios mais estruturados”. Além disso, Ayub assinala que, hoje, os projetos institucionais e interdisciplinares garantem recursos mais expressivos para a pesquisa. “Esses projetos permitem o desenvolvimento científico e contribuem para a obtenção de resultados positivos na área, além de abrir espaços de divulgação em publicações nacionais e internacionais, projetando o nome da UEPG”.