Turismo Rural – Nas vinícolas, participe da colheita

Ao degustar um vinho não se toma apenas um líquido proveniente da fermentação da uva. Bebe-se tradição, história, dedicação, amor à terra e muita sabedoria. Nisso é baseado o mundo dos vinhos.

1 de fevereiro de 2007 | Sem comentários Especiais Mais Café
Por: 01/02/2007 05:02:03 - Diário do Comércio - SP

Cris Berger  A visita na Pizzato é uma aula prática de como são feitos os vinhos.O Vale dos Vinhedos que fica 5 mil metros antes de chegar à entrada principal da cidade de Bento Gonçalves. Engloba uma área de 82 quilômetros quadrados, localizada em uma zona rural do município. Nele as vinícolas dividem espaços com os vinhedos. Há apenas uma cantina aqui, outra ali. Uma pousada lá, outra acolá. E nada mais. Por isso ficar hospedado dentro do vale é uma maneira de sentir com mais intensidade a beleza da vida que cresce e dá frutos junto às plantações.


No Vale dos Vinhedos está a Aprovale (Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos), criada em 1995, justamente para atender às exigências legais da indicação geográfica que significa a conquista do Selo de Indicação de Procedência Vale dos Vinhedos I.P.V.V. Ele é a única região do Brasil a conquistar esta referência. A criação da associação proporcionou que as garrafas produzidas no vale gaúcho passassem a ter em seu rótulo: “Vale dos Vinhedos”.


O próximo passo foi caminhar rumo a uma produção com mais qualidade. O passar dos anos mostra que o esforço não foi em vão. Os vinhos estão amadurecendo, ganhando identidade própria e passando a ter um espaço respeitado na mesa do consumidor brasileiro. No começo eram apenas seis vinhas associadas à Aprovale, hoje são nada menos que 24.


Enoturismo – O turismo do vinho no vale também cresceu paralelo à qualidade de suas uvas. Durante todo o ano, a visitação às vinícolas oferece a tradicional degustação. Em época de vindima, porém, esta deliciosa atividade é incrementada com a oportunidade de participar da colheita. Como é a proposta da vinícola Pizzato que vai promover em três datas diferentes dentro desde mês um café da manhã digno das fartas mesas italianas com direito a fazer a colheita (isso mesmo, cortar os cachos das videiras – aqui ganha-se um avental e chapéu de palha), acompanhar o processo inicial de vinificação e fazer a merecida degustação. A programação leva uma manhã e promete ser uma verdadeira aula prática de como são feitos os vinhos. A Pizzato, como a maioria das vinícolas, é uma empresa familiar e, nesse caso, pode ser chamada de uma vinícola boutique graças a sua produção mais limitada.


Programação –As maiores vinícolas do vale são a Miolo e a Valduga e da mesma forma elas têm programação especial na vindima. Entretanto um olhar mais atento deve cair sobre as demais vinícolas que são menores e muito aconchegantes.


Coloque na sua lista a Vallontano e a Larentis. Da primeira, leve para casa o Merlot 2004 e da segunda, o Ancellota. Repare que a Larentis tem uma embalagem de papelão (Bag in Box), de 4 litros, com a parte interna de fibra de vidro, importada da Califórnia, que deixa o preço do vinho tentador (R$ 25) e permite que depois de aberto ele seja consumido sem prejuízos em até 30 dias.


Visite ainda a Lídio Carraro, que produz os vinhos que ganharam a etiqueta exclusiva dos Jogos Pan-americanos de 2007. (C.B.)

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