AGRÍCOLA
06/01/2010
A Fazenda Baronesa mantém as receitas europeias autênticas, deixadas pela Baronesa Von Leithner. Por enquanto, fabrica geleia e destilado, mas tem novidades à vista. “Logo serão lançados sucos nos sabores amora, mirtilo, framboesa e mix de frutas vermelhas, em caixinhas de 250 mililitros”, diz o gerente da fazenda, Ademir Pereira de Oliveira.
O pote de geleia de 260 gramas chega ao consumidor por R$ 17. A estratégia é posicionar o produto como geleia extra, com valor agregado pelos 70% de polpa de fruta que vão no pote. “É mais cara que as nacionais e até mais que algumas importadas”, diz Oliveira. Cerca de 20 mil potes são vendidos por ano na fazenda, mas o objetivo é chegar a 36 mil.
Segundo Oliveira, o mercado ainda está descobrindo as frutas vermelhas e deve explodir quando o consumidor perceber seu teor medicinal. “O mirtilo, por exemplo, é mais antioxidante do que a uva. É uma tendência natural o aumento das vendas, à medida que as pesquisas avançam:” Um estudo da Universidade de Ohio (EUA) comprovou que a framboesa tem 40% a mais de antioxidantes que o morango e que uma dieta rica nessa fruta pode reduzir em até 80% a incidência de câncer de cólon.
Outro ponto é o agroturismo. A fazenda tem um restaurante e dois cafés. Um deles instalado num deck, em meio às plantaçáes, com vista para a Pedra do Baú. Oliveira, no entanto, chama atenção para a logística, no caso da venda de frutas in natura. “É um produto perecível, que tem de estar no ponto de venda no máximo em três horas, à temperatura média de 7 graus. E nem sempre o comerciante sabe trabalhar com essas frutas. O melhor caminho é o processamento.” J.C.F.