Para o Valor, de Santos
Para a Mesquita, especializada em logística integrada, e para a Santos Brasil, maior operadora de contêineres da América do Sul, a prioridade do projeto deve ser dada a um túnel submarino. “Deve-se buscar a solução que melhor atenda à população – não às cargas – o que nos leva a acreditar que a Ponta da Praia seja a melhor opção”, diz Mauro Salgado, diretor-superintendente da Mesquita, também diretor de desenvolvimento da Santos Brasil. Ambas integram o mesmo grupo econômico. Ele lembra que o aumento do trânsito de navios no estuário (mais de cinco mil por ano) eleva o risco potencial de um acidente pelo cruzamento das suas rotas com a das balsas.
Salgado deixa claro que as cargas que utilizam a margem esquerda do estuário ou que lá são descarregadas transitam majoritariamente para o interior. “Para essa movimentação, em nossa opinião, a rodovia Piaçaguera-Guarujá é a melhor opção do que um túnel, mesmo que localizado na área do Valongo (junto ao Saboó)”. Ele acrescenta que “o tráfego para esse túnel sobrecarregaria o acesso à cidade de Santos, sem acrescentar significativo benefício ao transporte rodoviário. Já o volume de cargas movimentado entre margens é relativamente pequeno e em grande parte realizado entre terminais que ficam localizados próximos à região da Ponta da Praia.”
Em 2008, o terminal de contêineres da Santos Brasil operou o equivalente a 1,3 milhão de Teus (unidade de 20 pés), 48% do total do porto. A Mesquita atua com armazéns alfandegados nas duas margens do porto, um centro de distribuição em São Bernardo do Campo – no ABC paulista – e possui frota de 80 caminhões. (JR)