A visita teve por lema “Unidos pela Qualidade” e segundo o diretor Executivo da ABIC – Nathan Herszkowicz, o contato com o Cerrado Mineiro sempre foi muito produtivo e por isso a escolha da Região para esta primeira Trip to Origin.
Visando proporcionar cada vez mais a integração da cadeia produtiva do café, a ABIC – Associação Brasileira da Industria de Café em parceria com a Federação dos Cafeicultores do Cerrado promoveu uma Trip to Origin a Região do Cerrado Mineiro, primeira Denominação de Origem para cafés no Brasil.
O grupo formado por torrefadores associados a ABIC, além do diretor Executivo da Associação, Nathan Herszkowicz e Aline Marotti, do Comitê Permanente de Qualidade, vivenciaram por dois dias todo o processo no campo, desde da colheita, preparação do grão e processos, além de fazer networking entre produtores e torrefadores e estreitar relações entre a Federação e Cooperativas.
A visita teve por lema “Unidos pela Qualidade” e segundo o diretor Executivo da ABIC – Nathan Herszkowicz, o contato com o Cerrado Mineiro sempre foi muito produtivo e por isso a escolha da Região para esta primeira Trip to Origin. “Viemos conhecer e estreitar as relações com o Cerrado Mineiro, além de conhecer os tipos de cafés, as formas que são preparados e como isso pode contribuir com a melhoria da bebida para o consumidor, que o é grande objetivo da ABIC”.
O grupo foi recebido pela família Tudela para um almoço na Fazenda Castelhana em Monte Carmelo. A tarde uma verdadeira aula de cafeicultura com o produtor Diogo Tudela, que percorreu todo caminho do café dentro da propriedade, desde a colheita, a seca, a separação por talhão o extremo cuidado com cada lote, até o benefício e seleção dos grãos. De lá os industriais seguiram para a monteCCer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado Monte Carmelo onde conheceram todos os cuidados que o café recebe na estocagem e venda. Eles também puderam provar já alguns lotes da nova safra e o potencial que a safra 2018/2019 já apresenta.
Á noite, o presidente da monteCCer e da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis e sua família receberam os torrefadores em sua propriedade e apresentaram também o cuidado com seus lotes. O primeiro dia foi encerrado na Fazenda Água Limpa com um jantar tipicamente mineiro. Francisco Sérgio de Assis avalia que a Região, através de sua Denominação de Origem, está pronta para atender a indústria. “O Cerrado Mineiro tem constância na entrega, alta produtividade e qualidade. A rastreabilidade é palavra de ordem e a indústria está sentindo que ela precisa ter segurança alimentar, e o selo além de garantir a Origem e Qualidade ele garante a segurança de um café produzido com ética, cumprindo toda a legislação ambiental e social brasileira. Que essa seja a primeira de muitas visitas da indústria à nossa Região” – finalizou Assis.
A fazenda Freitas da Nunes Coffee, campeã do Cup of Excellence 2017 e recordista mundial com o maior preço já atingido por uma saca de café, chegando a R$55 mil a saca de 60 quilos, também esteve no roteiro. Osmar e Gabriel Nunes receberam os torrefadores e apresentaram o trabalho feito na fazenda, entre eles os mapeamentos de qualidade feitos em todos os talhões e os testes envolvendo fermentação e diversos processamentos buscando sempre maior potencial de qualidade para cada café. O grupo visitou também o talhão que produziu o café mais caro do mundo, uma aérea de cerca de 5 hectares da variedade Bourbon Amarelo, plantado em 2014.
Para conhecer mais sobre a primeira Denominação de Origem para cafés no Brasil, os torrefadores fizeram uma visita a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, a entidade gestora da Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro. O superintendente da Federação, Juliano Tarabal, apresentou as ferramentas da Denominação de Origem que garantem tanto as torrefações como aos clientes finais a qualidade, a origem e a autenticidade dos cafés da Região do Cerrado Mineiro.
Amilton Silva Júnior, das Industrias Brunelli de Ituiutaba destacou a importância da imersão na Região. “Esse alinhamento entre a indústria e o campo é muito benéfico para toda a cadeia. Aprender e ver todo o processo, desde a muda até o pós-colheita nos agrega muito, é muito bom ver tanta gente trabalhando pela qualidade do café. Com certeza vamos buscar aumentar nosso mix de produtos com cafés da Região do Cerrado Mineiro” – explicou ele.
A Trip foi encerrada com uma visita a Expocaccer em Patrocínio, onde o grupo conferiu também os cuidados com cada lote e toda a estrutura comercial. A Dulcerrado Cafés Especiais do Produtor foi a última etapa da visita onde puderam conferir na xícara o resultado de tanto cuidado com cada café produzido no Cerrado Mineiro.
Diante de tanta tecnologia e profissionalização da cafeicultura no Cerrado, Nathan Herszkowicz encerrou a visita enfatizando que “o Cerrado representa a modernidade, onde os conceitos se renovam e não há medo de arriscar, além disso a união dos produtores em torno das cooperativas também é um traço muito forte desta região” – finalizou ele.