Redução de atividades é medida para diminuir prejuízo com escassez de conilon; algumas empresas capixabas estariam encerrando totalmente a produção
30 nov 2016 – A falta de café conilon no Espírito Santo está dificultando atividades nas indústrias torrefadoras do estado. Segundo o diretor comercial da Real Café, Bruno Giestas, a única saída para diminuir prejuízos foi aumentar de 20 para 30 dias as férias coletivas dos funcionários.
O analista de mercado da Maros Corretora Marcus Magalhães afirma que, além de férias coletivas, algumas indústrias estão tomando atitudes mais drásticas, como encerrar totalmente as atividades. Ele relata que o volume necessário para cobrir o mercado de café solúvel e torrefação é de cerca de 9 milhões de sacas por ano, mas não existe garantia de que o Brasil terá esse conteúdo disponível em 2017.
A volta de chuvas ao território capixaba não modificaria esse cenário. De acordo com Magalhães, o maior impacto no mercado internacional é o movimento de realização de lucros. Como muitas empresas estão deixando de investir devido ao período de fim de ano, há uma ausência de compradores e, por isso, a pressão baixista continua.
Magalhães alerta que 2017 será um ano mais difícil que 2016. Ele alerta que as safras tanto de arábica quanto de conilon serão menores no próximo ano deixando os traders em uma situação complicada. A tranquilidade, se vier, será apenas em 2018.
Fonte : Valor