Torrefadoras devem elevar investimentos em 2006

As torrefadoras de café instaladas no país deverão elevar investimentos em 2006 para dar continuidade à expansão nos mercados interno e externo que vem sendo observada nos últimos anos. A expectativa é que os aportes da indústria como um todo aumentem pel

17 de novembro de 2005 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: Valor Econômico por Mônica Scaramuzzo De Cabo de Santo Agostinho (PE)

As torrefadoras de café instaladas no país deverão elevar investimentos em 2006 para dar continuidade à expansão nos mercados interno e externo que vem sendo observada nos últimos anos. A expectativa é que os aportes da indústria como um todo aumentem pelo menos 10% em relação aos R$ 60 milhões que deverão ser aplicados em 2005.

Pelo menos cinco indústrias de café torrado e moído consultadas ontem pelo Valor durante a abertura do 13º Encafé (encontro anual das torrefadoras, que está sendo realizado em Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco) informaram que vão investir em tecnologia, novas fábricas e em parcerias para ampliar os negócios.

É o caso da mineira Café Toko, de Juiz de Fora (MG), que planeja construir uma nova fábrica orçada em R$ 6 milhões. A fábrica será instalada em Piraí (RJ) e marcará o início da expansão da empresa no mercado fluminense. Segundo Almir José da Silva Filho, presidente da Toko, a nova unidade deverá entrar em operação em 2007.

Com faturamento previsto em R$ 45 milhões neste ano, a empresa processa em torno de 4 milhões de quilos de café torrado e moído por ano. “Em 2005, concentramos os investimentos na modernização de equipamentos e na atualização de frotas”, disse Silva Filho.

Já a Café Canecão, sediada em Campinas (SP) e com faturamento anual da ordem de R$ 14 milhões, programa investir US$ 1 milhão em 2006, e metade do montante foi reservada para uma nova fábrica na própria região de Campinas. Segundo Natal Martins, diretor comercial da companhia, a planta deverá substituir a atual, também localizada na cidade paulista. Os outros US$ 500 mil deverão ser destinados para campanhas de marketing e novos produtos.

A curitibana Café Damasco, por sua vez, pretende consolidar investimentos realizados nos dois últimos anos. Guivan Bueno, diretor de operações da empresa e presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic) lembrou que em 2003 a Damasco comprou a baiana Café América, e no ano passado assumiu o controle da Café Palheta, do Rio de Janeiro.

Segundo Bueno, o otimismo do setor reflete os bons preços internacionais do café, o crescimento das exportações de torrado e moído e o aumento da demanda no mercado doméstico. O consumo no país deve alcançar 15,8 milhões de sacas neste ano, 900 mil a mais que em 2004. As exportações de torrado e moído, apesar de ainda tímidas, devem render US$ 15 milhões em 2005, superando em US$ 5 milhões a meta projetada. No ano passado, foram US$ 8,8 milhões.

Com a conjuntura favorável, a gaúcha Café Bom Jesus deverá buscar, em 2006, parceiros para dar continuidade ao seu crescimento. Com faturamento projetado em R$ 25 milhões neste ano, a empresa quer aumentar sua participação nas vendas no Rio Grande do Sul.

A Companhia Cacique de Café Solúvel, finalmente, concentrará aportes no aumento de capacidade. Com faturamento anual de R$ 350 milhões, a companhia deve gastar US$ 2 milhões na modernização de suas plantas – em São Paulo e em Londrina (SP) – para elevar a produção dos atuais 18 milhões de quilos para 20 milhões em 2006, segundo o diretor de controladoria Antonio Paulino Martins.

A repórter viajou a convite da Abic

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