Tecnologia made in Brasil

Por: Isto é Dinheiro

VISÕES DO BRASIL (2007/2008)
24/12/2007
 
Tecnologia made in Brasil
Do flex às urnas eletrônicas – confira as inovações que podem impulsionar as exportações em 2008
 
JOÃO PRADO
O BRASIL CONTINUA a ser um forte exportador de produtos básicos. Mas, de tempos em tempos, uma tecnologia de ponta surge por aqui e rapidamente ganha o mercado externo. O sistema bicombustível para automóveis, a urna eletrônica, entre outros, podem ser destaques na pauta de exportação em 2008. “O Brasil precisa explorar esses nichos em que se destaca pelo avanço tecnológico”, afirma Djalma Petit, coordenador da Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro). A Bosch, uma das pioneiras no desenvolvimento do sistema flex, pode ser uma das empresas a abrir portas no mercado externo. “Lembro que há quatro anos poucas pessoas apostavam no álcool. Hoje, pela nossa qualidade, já atraímos o interesse de outros países”, explica Fábio Ferreira, diretor da Bosch. As exportações da companhia, para países como França e Suécia, já representam 4% das receitas de R$ 3,7 bilhões da empresa. “O flex será cada vez mais global”, aposta Ferreira.


Outro exemplo é a Embrapa. O laboratório de desenvolvimento agrícola aposta na nanotecnologia (dispositivos de tamanhos minúsculos e com alta capacidade de processamento) para tornar a agricultura brasileira mais competitiva lá fora. Com investimentos de R$ 4 milhões, a Embrapa será responsável por inserir o Brasil no mercado de tecnologia voltada para a agricultura, estimado em US$ 100 bilhões. “Estamos investindo em tecnologia de ponta para o agronegócio”, diz Luiz Henrique Mattoso, da Embrapa. Uma das primeiras novidades é a chamada “língua eletrônica”, um aparelho que ajuda os degustadores de café no mundo na seleção prévia dos diversos tipos da bebida. Em 2008, o governo federal ainda pretende exportar urnas eletrônicas para países como EUA e Alemanha. Antes, porém, terá de resolver um impasse. “Fechamos um contrato com a República Dominicana, mas fomos impedidos de exportar pelo governo, que entendeu ser dono das máquinas. Espero que essa situação se resolva rapidamente”, conta Carlos Rocha, diretor da Samurai, fabricante brasileira de urnas eletrônicas.

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