Geadas fortes acabaram? Na realidade, elas têm sido menos intensas, lembrou o agrônomo Romualdo Facin, do escritório regional da Empresa de Assistência e Extensão Rural em Maringá (Emater). “Igual à geada de 1975, nunca mais”, comentou.
Entre as mais recentes, as do ano 2000 acarretaram perdas às culturas do trigo, milho, café e pastagens, lembra o pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Paulo Caramori. Ele disse que a freqüência esperada de geadas severas na região sul do País (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) é de uma a cada cinco a oito anos, dependendo das condições locais.
Mas a tecnologia tem ajudado os produtores e evitado perdas maiores. “Graças aos alertas que o Iapar e o Simepar fazem sobre o impacto da geada na cafeicultura paranaense, durante as duas geadas ocorridas em 2000 conseguimos um benefício estimado em torno de R$ 20 milhões pelas perdas evitadas nas lavouras em fase de formação.”
As geadas de 2006 tiveram pequena intensidade na região de Maringá. O fenômeno afetou a uva e as hortaliças. Informações sobre geadas, este ano, virão em abril. O Sistema de Monitoramento Agrometeorológico (Agritempo), criado pela Embrapa e pelo Cepagri, da Unicamp, com a participação de mais de 20 instituições do País, inicia uma nova etapa de trabalho, que terá como principal produto previsões para o setor agrícola.
Agora, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais irá fornecer as previsões meteorológicas e climáticas e, a partir daí, a Embrapa, com o conhecimento e a experiência do Cepagri, irá rodar os modelos de previsão agrometeorológica. Espera-se a partir de abril as previsões de geadas com avaliação de impacto para cada cultura. O acesso aos produtos do Agritempo pode ser feito livremente pelo endereço: www.agritempo.gov.br.